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O ciclo da dor em Coração de Lutador: The Smashing Machine

por Conexão1
09/10/25 | 00:50
em Entretenimento
Coração de Lutador: The Smashing Machine
A24

Coração de Lutador: The Smashing Machine

Aqueles que assistiram Rocky 4 (1985) lembram-se perfeitamente. No quarto filme da clássica franquia, o boxeador americano Rocky Balboa (Sylvester Stallone) enfrenta Ivan Drago (Dolph Lundgren), um boxeador soviético envolvido em uma tragédia pessoal na vida de Balboa.

Durante o treinamento de Rocky para a luta contra Ivan Drago, é apresentada uma montagem eletrizante dos exercícios realizados pelo personagem para alcançar a vitória.

Em uma das séries de treino intenso, que pode ter inspirado o que hoje conhecemos como CrossFit, Rocky é observado por “Duke” (Tony Burton), mentor e treinador de Apollo Creed (Carl Weathers), que se torna seu treinador na luta contra Drago. O veterano repetia várias vezes para Rocky durante os treinos intensos: ‘Sem dor! Sem dor! Sem dor!’

Ali, é evidente a proposta narrativa de um lutador que precisa suprimir sua dor física de forma disciplinar para alcançar seus objetivos, podendo, em um momento específico, liberar toda a carga emocional acumulada.

Dito isso, podemos afirmar que Coração de Lutador: The Smashing Machine, de Benny Safdie, com Dwayne Johnson, é como um anti-Rocky.

Essa comparação não deve ser vista de forma negativa. Ambos os filmes retratam lutadores em busca de se tornarem os melhores, mas seguem caminhos diferentes, tanto espiritualmente quanto em sua filosofia de vida.

Na franquia Rocky, desde o início acompanhamos um homem que, em momentos de dificuldade, aproveita a oportunidade de ser algo mais do que o que o destino lhe oferecia, não apenas pelo cinturão, mas para provar a si mesmo e aos outros seu verdadeiro potencial.

Em contraste, toda vez que surgem barreiras intransponíveis ou perdas, sua única saída é através das luvas e do ringue.

Enquanto em Coração de Lutador: The Smashing Machine, vemos um lutador que é todo coração, tanto no melhor quanto no pior.

No filme, o treinador de Rocky enfatiza a disciplina com o mantra “sem dor”; por outro lado, Coração de Lutador: The Smashing Machine é um retrato de Mark Kerr — interpretado por Dwayne Johnson —, um homem que vive através da supressão de uma dor aguda e constante.

Embora possa não parecer, isso é expresso na performance de Dwayne Johnson. Para o cineasta Benny Safdie, a questão não é apenas sobre olhares, mas sobre a opulência física de Mark Kerr.

Ainda na primeira parte da narrativa, há uma cena em que acompanhamos a caminhada do protagonista em direção aos vestiários. Safdie opta por colocar a câmera nas costas de Mark Kerr, não permitindo visualizar suas reações faciais, apenas sua nuca, ombros e costas.

A cena impressiona pela maneira como a câmera, levemente trepidante, captura a explosividade do corpo transformado de Dwayne Johnson. O que deveria ser apenas uma caminhada se torna um presságio de uma grande explosão emocional.

Benny Safdie e Dwayne Johnson tratam o corpo de Mark Kerr como um recipiente que contém um sofrimento engarrafado, sem escape, e que se torna ainda mais perigoso por conta de sua personalidade gentil e calorosa.

Essa dicotomia entre força e suavidade revela o magnetismo da performance de Dwayne Johnson.

Nada mais natural que os espectadores, ao final de Coração de Lutador: The Smashing Machine, sintam-se esgotados pela atmosfera pesada de um filme que retrata a vivência pela dor. Contudo, podem ficar tranquilos, pois Benny Safdie acredita que todo ciclo possui um início, meio e fim.

De maneira inédita na carreira, vislumbramos um Benny Safdie que percebe (um pouco mais de) luz no sofrimento humano.

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Coração de Lutador: The Smashing Machine
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Coração de Lutador: The Smashing Machine

Aqueles que assistiram Rocky 4 (1985) lembram-se perfeitamente. No quarto filme da clássica franquia, o boxeador americano Rocky Balboa (Sylvester Stallone) enfrenta Ivan Drago (Dolph Lundgren), um boxeador soviético envolvido em uma tragédia pessoal na vida de Balboa.

Durante o treinamento de Rocky para a luta contra Ivan Drago, é apresentada uma montagem eletrizante dos exercícios realizados pelo personagem para alcançar a vitória.

Em uma das séries de treino intenso, que pode ter inspirado o que hoje conhecemos como CrossFit, Rocky é observado por “Duke” (Tony Burton), mentor e treinador de Apollo Creed (Carl Weathers), que se torna seu treinador na luta contra Drago. O veterano repetia várias vezes para Rocky durante os treinos intensos: ‘Sem dor! Sem dor! Sem dor!’

Ali, é evidente a proposta narrativa de um lutador que precisa suprimir sua dor física de forma disciplinar para alcançar seus objetivos, podendo, em um momento específico, liberar toda a carga emocional acumulada.

Dito isso, podemos afirmar que Coração de Lutador: The Smashing Machine, de Benny Safdie, com Dwayne Johnson, é como um anti-Rocky.

Essa comparação não deve ser vista de forma negativa. Ambos os filmes retratam lutadores em busca de se tornarem os melhores, mas seguem caminhos diferentes, tanto espiritualmente quanto em sua filosofia de vida.

Na franquia Rocky, desde o início acompanhamos um homem que, em momentos de dificuldade, aproveita a oportunidade de ser algo mais do que o que o destino lhe oferecia, não apenas pelo cinturão, mas para provar a si mesmo e aos outros seu verdadeiro potencial.

Em contraste, toda vez que surgem barreiras intransponíveis ou perdas, sua única saída é através das luvas e do ringue.

Enquanto em Coração de Lutador: The Smashing Machine, vemos um lutador que é todo coração, tanto no melhor quanto no pior.

No filme, o treinador de Rocky enfatiza a disciplina com o mantra “sem dor”; por outro lado, Coração de Lutador: The Smashing Machine é um retrato de Mark Kerr — interpretado por Dwayne Johnson —, um homem que vive através da supressão de uma dor aguda e constante.

Embora possa não parecer, isso é expresso na performance de Dwayne Johnson. Para o cineasta Benny Safdie, a questão não é apenas sobre olhares, mas sobre a opulência física de Mark Kerr.

Ainda na primeira parte da narrativa, há uma cena em que acompanhamos a caminhada do protagonista em direção aos vestiários. Safdie opta por colocar a câmera nas costas de Mark Kerr, não permitindo visualizar suas reações faciais, apenas sua nuca, ombros e costas.

A cena impressiona pela maneira como a câmera, levemente trepidante, captura a explosividade do corpo transformado de Dwayne Johnson. O que deveria ser apenas uma caminhada se torna um presságio de uma grande explosão emocional.

Benny Safdie e Dwayne Johnson tratam o corpo de Mark Kerr como um recipiente que contém um sofrimento engarrafado, sem escape, e que se torna ainda mais perigoso por conta de sua personalidade gentil e calorosa.

Essa dicotomia entre força e suavidade revela o magnetismo da performance de Dwayne Johnson.

Nada mais natural que os espectadores, ao final de Coração de Lutador: The Smashing Machine, sintam-se esgotados pela atmosfera pesada de um filme que retrata a vivência pela dor. Contudo, podem ficar tranquilos, pois Benny Safdie acredita que todo ciclo possui um início, meio e fim.

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