
O ministro Luís Roberto Barroso já vinha cogitando deixar antecipadamente o STF desde o ano passado
A decisão anunciada nesta quinta-feira (9) pelo ministro Luís Roberto Barroso, de que irá antecipar a sua aposentadoria da Corte, não causou nenhuma surpresa. Ela já era esperada há alguns meses e vinha sendo especulada por amigos próximos e um grupo restrito de interlocutores.
Era consenso de que ele só aguardaria o final de seu mandato como presidente do STF (o que ocorreu em 29/9 passado) para fazer o anúncio da sua saída.
Conforme mostrou a coluna “Cenário Jurídico“, em publicação feita no dia 15/8/2025, alguns fatores, ainda que ele não os tenha confirmado na entrevista que concedeu a jornalistas após a sessão desta quinta-feira, contribuíram para esse desfecho:
1) O clima político que paira sobre o país e, em especial, sobre o Supremo, que virou alvo de ataques e de ameaças internas (por parte de setores da sociedade ligados ao bolsonarismo, da extrema direita brasileira e de grupos radicais instalados no Congresso);
2) As sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra ele (Barroso) e ministros e assessores da Corte;
3) Os interesses particulares que tem nos Estados Unidos, onde é proprietário de um imóvel.
4) Por fim, a gota d’água foi o caso ocorrido com seu filho, Bernardo van Brussel Barroso.
Bernardo morava em Miami, na Flórida, até recentemente, onde ocupava o cargo de diretor associado do banco BTG Pactual.
No entanto, após as sanções anunciadas pelo governo estadunidense, ele aproveitou que estava de férias no Brasil e decidiu não retornar mais para lá, a fim de evitar eventuais constrangimentos no seu regresso.
Possibilidade
Barroso já vinha discutindo a possibilidade de renunciar ao cargo com ministros mais próximos e alguns outros poucos interlocutores.
Ao presidente Lula fez chegar, inclusive, o desejo de ser contemplado com alguma embaixada na Itália ou nos Estados Unidos, onde tem interesses particulares.
Luís Roberto Barroso está na Corte há 15 anos.
Ele foi indicado para o cargo de ministro em 2013 pela presidente Dilma Rousseff, na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Ayres Brito.
Nos últimos dois anos ocupou a presidência do STF, cargo máximo do Poder Judiciário brasileiro.

O ministro Luís Roberto Barroso já vinha cogitando deixar antecipadamente o STF desde o ano passado
A decisão anunciada nesta quinta-feira (9) pelo ministro Luís Roberto Barroso, de que irá antecipar a sua aposentadoria da Corte, não causou nenhuma surpresa. Ela já era esperada há alguns meses e vinha sendo especulada por amigos próximos e um grupo restrito de interlocutores.
Era consenso de que ele só aguardaria o final de seu mandato como presidente do STF (o que ocorreu em 29/9 passado) para fazer o anúncio da sua saída.
Conforme mostrou a coluna “Cenário Jurídico“, em publicação feita no dia 15/8/2025, alguns fatores, ainda que ele não os tenha confirmado na entrevista que concedeu a jornalistas após a sessão desta quinta-feira, contribuíram para esse desfecho:
1) O clima político que paira sobre o país e, em especial, sobre o Supremo, que virou alvo de ataques e de ameaças internas (por parte de setores da sociedade ligados ao bolsonarismo, da extrema direita brasileira e de grupos radicais instalados no Congresso);
2) As sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra ele (Barroso) e ministros e assessores da Corte;
3) Os interesses particulares que tem nos Estados Unidos, onde é proprietário de um imóvel.
4) Por fim, a gota d’água foi o caso ocorrido com seu filho, Bernardo van Brussel Barroso.
Bernardo morava em Miami, na Flórida, até recentemente, onde ocupava o cargo de diretor associado do banco BTG Pactual.
No entanto, após as sanções anunciadas pelo governo estadunidense, ele aproveitou que estava de férias no Brasil e decidiu não retornar mais para lá, a fim de evitar eventuais constrangimentos no seu regresso.
Possibilidade
Barroso já vinha discutindo a possibilidade de renunciar ao cargo com ministros mais próximos e alguns outros poucos interlocutores.
Ao presidente Lula fez chegar, inclusive, o desejo de ser contemplado com alguma embaixada na Itália ou nos Estados Unidos, onde tem interesses particulares.
Luís Roberto Barroso está na Corte há 15 anos.
Ele foi indicado para o cargo de ministro em 2013 pela presidente Dilma Rousseff, na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Ayres Brito.
Nos últimos dois anos ocupou a presidência do STF, cargo máximo do Poder Judiciário brasileiro.