
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é cogitado como um dos candidatos ao Nobel da Paz de 2025
O Prêmio Nobel da Paz de 2025 será anunciado nesta sexta-feira (10), em Oslo, na Noruega, pelo Comitê Norueguês do Nobel, que avaliou 244 pessoas e 94 organizações. Entre elas, o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surgiu após especulações de que deveria ganhar a premiação pela mediação de guerras.
Trump tem buscado atenção do Nobel desde seu primeiro mandato e afirmou recentemente na Assembleia Geral da ONU: “Todos dizem que eu deveria ganhar o Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas. O que me importa não é ganhar prêmios, é salvar vidas”. Ele alega ter encerrado sete guerras, informação contestada pela imprensa internacional.
Oficialmente, não há confirmação de que o nome de Trump esteja sendo discutido nas reuniões sigilosas do comitê, composto por cinco membros indicados pelo Parlamento da Noruega.
Em 2009, o comitê concedeu o prêmio a outro presidente estadunidense, Barack Obama, apenas oito meses após o início de seu mandato. A premiação gerou críticas por suposta pressa na avaliação de suas ações.
Todos os vencedores do Nobel da Paz
O Prêmio Nobel da Paz já foi concedido 105 vezes a 142 laureados entre 1901 e 2024. A premiação reconhece aqueles que realizaram “o maior ou melhor trabalho pela fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz“, conforme o testamento de Alfred Nobel.
Entre os laureados notáveis estão figuras como Nelson Mandela (1993), por seu trabalho para o fim pacífico do regime do apartheid; Malala Yousafzai (2014), a mais jovem vencedora; e Martin Luther King Jr. (1964), por sua luta não-violenta pelos direitos civis.
A seguir, a lista completa de todos os laureados:
- 2024: Nihon Hidankyo
- 2023: Narges Mohammadi
- 2022: Ales Bialiatski, Memorial e Center for Civil Liberties
- 2021: Maria Ressa e Dmitry Muratov
- 2020: Programa Alimentar Mundial (WFP)
- 2019: Abiy Ahmed Ali
- 2018: Denis Mukwege e Nadia Murad
- 2017: Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN)
- 2016: Juan Manuel Santos
- 2015: Quarteto para o Diálogo Nacional da Tunísia
- 2014: Kailash Satyarthi e Malala Yousafzai – A mais jovem laureada da história, Malala Yousafzai recebeu o prêmio “por sua luta contra a supressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação”. Nascida no Vale do Swat, no Paquistão, viu escolas femininas queimadas pelo Talibã em 2008. Mantendo um diário publicado pela BBC Urdu, denunciou o regime terrorista. Em 2012, foi baleada na cabeça em um ônibus escolar, sobreviveu e se exilou no Reino Unido. Em 2013, a revista TIME a incluiu entre as 100 pessoas mais influentes do mundo. Aos 16 anos, discursou na ONU, defendendo o direito igualitário à educação para meninas, tornando-se símbolo global da causa.

Malala Yousafzai
- 2013: Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ)
- 2012: União Europeia
- 2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkol Karman
- 2010: Liu Xiaobo
- 2009: Barack H. Obama – Premiado “por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”, Barack Obama, 44º presidente dos EUA, recebeu a honraria menos de oito meses após assumir o cargo. O Comitê do Nobel destacou seu apoio a um mundo livre de armas nucleares e seu esforço por um novo começo nas relações entre o mundo muçulmano e o Ocidente. Como presidente, iniciou a retirada das tropas do Iraque e defendeu direitos humanos, democracia e ações contra a crise climática.

Barack H. Obama
- 2008: Martti Ahtisaari
- 2007: Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e Al Gore
- 2006: Muhammad Yunus e Grameen Bank
- 2005: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Mohamed ElBaradei
- 2004: Wangari Maathai
- 2003: Shirin Ebadi
- 2002: Jimmy Carter
- 2001: Organização das Nações Unidas (ONU) e Kofi Annan
- 2000: Kim Dae-jung
- 1999: Médicos Sem Fronteiras
- 1998: John Hume e David Trimble
- 1997: Campanha Internacional para a Proibição de Minas Terrestres e Jody Williams
- 1996: Carlos Filipe Ximenes Belo e José Ramos-Horta
- 1995: Joseph Rotblat e Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos Mundiais
- 1994: Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhak Rabin
- 1993: Nelson Mandela e F.W. de Klerk – Símbolo da liberdade da África, Nelson Mandela dividiu o prêmio com o presidente F.W. de Klerk “pelo trabalho para o fim pacífico do regime do apartheid e por lançar as bases de uma África do Sul democrática”. Filho de um chefe tribal e um dos primeiros advogados negros do país, liderou a ala jovem do Congresso Nacional Africano (CNA). Quando o CNA foi proibido, passou a apoiar a luta armada e organizou ações de sabotagem. Preso em 1962 e condenado à prisão perpétua, passou 18 anos em Robben Island, tornando-se referência global contra o apartheid. Libertado em 1990, negociou com de Klerk a transição pacífica para um governo de maioria.

Nelson Mandela
- 1992: Rigoberta Menchú Tum
- 1991: Aung San Suu Kyi
- 1990: Mikhail Gorbachev
- 1989: O 14º Dalai Lama – Líder religioso e político do Tibete, o Dalai Lama foi premiado por sua defesa de “soluções pacíficas baseadas na tolerância e no respeito mútuo para preservar a herança histórica e cultural de seu povo”. Desde seu exílio na Índia, em 1959, lidera a oposição não-violenta à ocupação chinesa. O Comitê do Nobel destacou sua filosofia budista de paz, baseada no respeito por todos os seres vivos e na responsabilidade universal. O prêmio deu ao Dalai Lama a oportunidade de propor um plano de desmilitarização e reconstrução do Tibete, que foi rejeitado pelo governo chinês.

14º Dalai Lama
- 1988: Forças de Paz das Nações Unidas
- 1987: Oscar Arias Sánchez
- 1986: Elie Wiesel
- 1985: Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear
- 1984: Desmond Tutu
- 1983: Lech Wałęsa
- 1982: Alva Myrdal e Alfonso García Robles
- 1981: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
- 1980: Adolfo Pérez Esquivel
- 1979: Madre Teresa – Reconhecida por seu trabalho em “trazer ajuda à humanidade sofredora”, Agnes Gonxha Bojaxhiu, freira católica de origem albanesa, fundou a ordem das Missionárias da Caridade. Atendendo a um chamado divino, ela e suas seguidoras construíram lares para órfãos, leprosos e doentes terminais em Calcutá, Índia, expandindo depois seu trabalho para outras regiões do mundo. Embora mundialmente conhecida, enfrentou críticas, como a recusa em fornecer analgésicos a pacientes terminais, enquanto recebia tratamento hospitalar. Considerada porta-voz do Vaticano por suas visões conservadoras sobre o aborto, foi canonizada pelo Papa Francisco em 2016, tornando-se Santa Teresa de Calcutá.

Madre Tereza
- 1978: Anwar al-Sadat e Menachem Begin
- 1977: Anistia Internacional
- 1976: Betty Williams e Mairead Corrigan
- 1975: Andrei Sakharov
- 1974: Seán MacBride e Eisaku Satō
- 1973: Henry Kissinger e Le Duc Tho
- 1971: Willy Brandt
- 1970: Norman Borlaug
- 1969: Organização Internacional do Trabalho (OIT)
- 1968: René Cassin
- 1965: Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
- 1964: Martin Luther King Jr. – Premiado por sua luta não-violenta pelos direitos civis da população afro-americana, Martin Luther King Jr. sonhava que todos os cidadãos dos Estados Unidos fossem julgados por suas qualidades pessoais, e não pela cor da pele. Inspirado na filosofia de não-violência de Gandhi, iniciou em 1955 uma campanha para tornar ilegal a discriminação racial. Em 1963, liderou uma marcha em Washington com 250 mil manifestantes e proferiu o icônico discurso “Eu tenho um sonho“. No ano seguinte, o presidente Lyndon B. Johnson sancionou a lei que proibiu toda discriminação racial. King enfrentou oposição intensa, sendo monitorado pelo FBI e criticado pelo presidente por se posicionar contra a Guerra do Vietnã. Foi assassinado por um supremacista branco em 1968.

Martin Luther King Jr.
- 1963: Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Liga das Sociedades da Cruz Vermelha
- 1962: Linus Pauling
- 1961: Dag Hammarskjöld
- 1960: Albert Lutuli
- 1959: Philip Noel-Baker
- 1958: Georges Pire
- 1957: Lester Bowles Pearson
- 1954: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
- 1953: George C. Marshall
- 1952: Albert Schweitzer
- 1951: Léon Jouhaux
- 1950: Ralph Bunche
- 1949: Lord Boyd Orr
- 1947: Friends Service Council e American Friends Service Committee
- 1946: Emily Greene Balch e John R. Mott
- 1945: Cordell Hull
- 1944: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
- 1938: Escritório Internacional Nansen para Refugiados
- 1937: Robert Cecil
- 1936: Carlos Saavedra Lamas
- 1935: Carl von Ossietzky
- 1934: Arthur Henderson
- 1933: Sir Norman Angell
- 1931: Jane Addams e Nicholas Murray Butler
- 1930: Nathan Söderblom
- 1929: Frank B. Kellogg
- 1927: Ferdinand Buisson e Ludwig Quidde
- 1926: Aristide Briand e Gustav Stresemann
- 1925: Sir Austen Chamberlain e Charles G. Dawes
- 1922: Fridtjof Nansen
- 1921: Hjalmar Branting e Christian Lange
- 1920: Léon Bourgeois
- 1919: Woodrow Wilson
- 1917: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
- 1913: Henri La Fontaine
- 1912: Elihu Root
- 1911: Tobias Asser e Alfred Fried
- 1910: Bureau Internacional Permanente da Paz
- 1909: Auguste Beernaert e Paul Henri d’Estournelles de Constant
- 1908: Klas Pontus Arnoldson e Fredrik Bajer
- 1907: Ernesto Teodoro Moneta e Louis Renault
- 1906: Theodore Roosevelt
- 1905: Bertha von Suttner
- 1904: Instituto de Direito Internacional
- 1903: Randal Cremer
- 1902: Élie Ducommun e Albert Gobat
- 1901: Henry Dunant e Frédéric Passy
É importante citar que em alguns anos (1914, 1915, 1916, 1918, 1923, 1924, 1928, 1932, 1939-1943, 1948, 1955, 1956, 1966, 1967 e 1972) o prêmio não foi concedido.
Indicações de 2025
O número de candidatos cresceu em relação a 2024, quando foram 286 indicados, e alcançou 338 este ano. O prazo oficial para considerar candidatos terminou em 31 de janeiro.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é cogitado como um dos candidatos ao Nobel da Paz de 2025
O Prêmio Nobel da Paz de 2025 será anunciado nesta sexta-feira (10), em Oslo, na Noruega, pelo Comitê Norueguês do Nobel, que avaliou 244 pessoas e 94 organizações. Entre elas, o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surgiu após especulações de que deveria ganhar a premiação pela mediação de guerras.
Trump tem buscado atenção do Nobel desde seu primeiro mandato e afirmou recentemente na Assembleia Geral da ONU: “Todos dizem que eu deveria ganhar o Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas. O que me importa não é ganhar prêmios, é salvar vidas”. Ele alega ter encerrado sete guerras, informação contestada pela imprensa internacional.
Oficialmente, não há confirmação de que o nome de Trump esteja sendo discutido nas reuniões sigilosas do comitê, composto por cinco membros indicados pelo Parlamento da Noruega.
Em 2009, o comitê concedeu o prêmio a outro presidente estadunidense, Barack Obama, apenas oito meses após o início de seu mandato. A premiação gerou críticas por suposta pressa na avaliação de suas ações.
Todos os vencedores do Nobel da Paz
O Prêmio Nobel da Paz já foi concedido 105 vezes a 142 laureados entre 1901 e 2024. A premiação reconhece aqueles que realizaram “o maior ou melhor trabalho pela fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução de exércitos permanentes e pela realização e promoção de congressos de paz“, conforme o testamento de Alfred Nobel.
Entre os laureados notáveis estão figuras como Nelson Mandela (1993), por seu trabalho para o fim pacífico do regime do apartheid; Malala Yousafzai (2014), a mais jovem vencedora; e Martin Luther King Jr. (1964), por sua luta não-violenta pelos direitos civis.
A seguir, a lista completa de todos os laureados:
- 2024: Nihon Hidankyo
- 2023: Narges Mohammadi
- 2022: Ales Bialiatski, Memorial e Center for Civil Liberties
- 2021: Maria Ressa e Dmitry Muratov
- 2020: Programa Alimentar Mundial (WFP)
- 2019: Abiy Ahmed Ali
- 2018: Denis Mukwege e Nadia Murad
- 2017: Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN)
- 2016: Juan Manuel Santos
- 2015: Quarteto para o Diálogo Nacional da Tunísia
- 2014: Kailash Satyarthi e Malala Yousafzai – A mais jovem laureada da história, Malala Yousafzai recebeu o prêmio “por sua luta contra a supressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação”. Nascida no Vale do Swat, no Paquistão, viu escolas femininas queimadas pelo Talibã em 2008. Mantendo um diário publicado pela BBC Urdu, denunciou o regime terrorista. Em 2012, foi baleada na cabeça em um ônibus escolar, sobreviveu e se exilou no Reino Unido. Em 2013, a revista TIME a incluiu entre as 100 pessoas mais influentes do mundo. Aos 16 anos, discursou na ONU, defendendo o direito igualitário à educação para meninas, tornando-se símbolo global da causa.

Malala Yousafzai
- 2013: Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ)
- 2012: União Europeia
- 2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkol Karman
- 2010: Liu Xiaobo
- 2009: Barack H. Obama – Premiado “por seus esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos”, Barack Obama, 44º presidente dos EUA, recebeu a honraria menos de oito meses após assumir o cargo. O Comitê do Nobel destacou seu apoio a um mundo livre de armas nucleares e seu esforço por um novo começo nas relações entre o mundo muçulmano e o Ocidente. Como presidente, iniciou a retirada das tropas do Iraque e defendeu direitos humanos, democracia e ações contra a crise climática.

Barack H. Obama
- 2008: Martti Ahtisaari
- 2007: Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e Al Gore
- 2006: Muhammad Yunus e Grameen Bank
- 2005: Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e Mohamed ElBaradei
- 2004: Wangari Maathai
- 2003: Shirin Ebadi
- 2002: Jimmy Carter
- 2001: Organização das Nações Unidas (ONU) e Kofi Annan
- 2000: Kim Dae-jung
- 1999: Médicos Sem Fronteiras
- 1998: John Hume e David Trimble
- 1997: Campanha Internacional para a Proibição de Minas Terrestres e Jody Williams
- 1996: Carlos Filipe Ximenes Belo e José Ramos-Horta
- 1995: Joseph Rotblat e Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos Mundiais
- 1994: Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhak Rabin
- 1993: Nelson Mandela e F.W. de Klerk – Símbolo da liberdade da África, Nelson Mandela dividiu o prêmio com o presidente F.W. de Klerk “pelo trabalho para o fim pacífico do regime do apartheid e por lançar as bases de uma África do Sul democrática”. Filho de um chefe tribal e um dos primeiros advogados negros do país, liderou a ala jovem do Congresso Nacional Africano (CNA). Quando o CNA foi proibido, passou a apoiar a luta armada e organizou ações de sabotagem. Preso em 1962 e condenado à prisão perpétua, passou 18 anos em Robben Island, tornando-se referência global contra o apartheid. Libertado em 1990, negociou com de Klerk a transição pacífica para um governo de maioria.

Nelson Mandela
- 1992: Rigoberta Menchú Tum
- 1991: Aung San Suu Kyi
- 1990: Mikhail Gorbachev
- 1989: O 14º Dalai Lama – Líder religioso e político do Tibete, o Dalai Lama foi premiado por sua defesa de “soluções pacíficas baseadas na tolerância e no respeito mútuo para preservar a herança histórica e cultural de seu povo”. Desde seu exílio na Índia, em 1959, lidera a oposição não-violenta à ocupação chinesa. O Comitê do Nobel destacou sua filosofia budista de paz, baseada no respeito por todos os seres vivos e na responsabilidade universal. O prêmio deu ao Dalai Lama a oportunidade de propor um plano de desmilitarização e reconstrução do Tibete, que foi rejeitado pelo governo chinês.

14º Dalai Lama
- 1988: Forças de Paz das Nações Unidas
- 1987: Oscar Arias Sánchez
- 1986: Elie Wiesel
- 1985: Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear
- 1984: Desmond Tutu
- 1983: Lech Wałęsa
- 1982: Alva Myrdal e Alfonso García Robles
- 1981: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
- 1980: Adolfo Pérez Esquivel
- 1979: Madre Teresa – Reconhecida por seu trabalho em “trazer ajuda à humanidade sofredora”, Agnes Gonxha Bojaxhiu, freira católica de origem albanesa, fundou a ordem das Missionárias da Caridade. Atendendo a um chamado divino, ela e suas seguidoras construíram lares para órfãos, leprosos e doentes terminais em Calcutá, Índia, expandindo depois seu trabalho para outras regiões do mundo. Embora mundialmente conhecida, enfrentou críticas, como a recusa em fornecer analgésicos a pacientes terminais, enquanto recebia tratamento hospitalar. Considerada porta-voz do Vaticano por suas visões conservadoras sobre o aborto, foi canonizada pelo Papa Francisco em 2016, tornando-se Santa Teresa de Calcutá.

Madre Tereza
- 1978: Anwar al-Sadat e Menachem Begin
- 1977: Anistia Internacional
- 1976: Betty Williams e Mairead Corrigan
- 1975: Andrei Sakharov
- 1974: Seán MacBride e Eisaku Satō
- 1973: Henry Kissinger e Le Duc Tho
- 1971: Willy Brandt
- 1970: Norman Borlaug
- 1969: Organização Internacional do Trabalho (OIT)
- 1968: René Cassin
- 1965: Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
- 1964: Martin Luther King Jr. – Premiado por sua luta não-violenta pelos direitos civis da população afro-americana, Martin Luther King Jr. sonhava que todos os cidadãos dos Estados Unidos fossem julgados por suas qualidades pessoais, e não pela cor da pele. Inspirado na filosofia de não-violência de Gandhi, iniciou em 1955 uma campanha para tornar ilegal a discriminação racial. Em 1963, liderou uma marcha em Washington com 250 mil manifestantes e proferiu o icônico discurso “Eu tenho um sonho“. No ano seguinte, o presidente Lyndon B. Johnson sancionou a lei que proibiu toda discriminação racial. King enfrentou oposição intensa, sendo monitorado pelo FBI e criticado pelo presidente por se posicionar contra a Guerra do Vietnã. Foi assassinado por um supremacista branco em 1968.

Martin Luther King Jr.
- 1963: Comitê Internacional da Cruz Vermelha e Liga das Sociedades da Cruz Vermelha
- 1962: Linus Pauling
- 1961: Dag Hammarskjöld
- 1960: Albert Lutuli
- 1959: Philip Noel-Baker
- 1958: Georges Pire
- 1957: Lester Bowles Pearson
- 1954: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)
- 1953: George C. Marshall
- 1952: Albert Schweitzer
- 1951: Léon Jouhaux
- 1950: Ralph Bunche
- 1949: Lord Boyd Orr
- 1947: Friends Service Council e American Friends Service Committee
- 1946: Emily Greene Balch e John R. Mott
- 1945: Cordell Hull
- 1944: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
- 1938: Escritório Internacional Nansen para Refugiados
- 1937: Robert Cecil
- 1936: Carlos Saavedra Lamas
- 1935: Carl von Ossietzky
- 1934: Arthur Henderson
- 1933: Sir Norman Angell
- 1931: Jane Addams e Nicholas Murray Butler
- 1930: Nathan Söderblom
- 1929: Frank B. Kellogg
- 1927: Ferdinand Buisson e Ludwig Quidde
- 1926: Aristide Briand e Gustav Stresemann
- 1925: Sir Austen Chamberlain e Charles G. Dawes
- 1922: Fridtjof Nansen
- 1921: Hjalmar Branting e Christian Lange
- 1920: Léon Bourgeois
- 1919: Woodrow Wilson
- 1917: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
- 1913: Henri La Fontaine
- 1912: Elihu Root
- 1911: Tobias Asser e Alfred Fried
- 1910: Bureau Internacional Permanente da Paz
- 1909: Auguste Beernaert e Paul Henri d’Estournelles de Constant
- 1908: Klas Pontus Arnoldson e Fredrik Bajer
- 1907: Ernesto Teodoro Moneta e Louis Renault
- 1906: Theodore Roosevelt
- 1905: Bertha von Suttner
- 1904: Instituto de Direito Internacional
- 1903: Randal Cremer
- 1902: Élie Ducommun e Albert Gobat
- 1901: Henry Dunant e Frédéric Passy
É importante citar que em alguns anos (1914, 1915, 1916, 1918, 1923, 1924, 1928, 1932, 1939-1943, 1948, 1955, 1956, 1966, 1967 e 1972) o prêmio não foi concedido.
Indicações de 2025
O número de candidatos cresceu em relação a 2024, quando foram 286 indicados, e alcançou 338 este ano. O prazo oficial para considerar candidatos terminou em 31 de janeiro.