
Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas perdeu a oportunidade de permanecer em silêncio esta semana ao afirmar que se preocuparia com a onda de intoxicação por metanol em seu estado apenas no dia em que a contaminação chegasse na sua Coca-Cola.
Ninguém compreendeu bem a brincadeira. Ele poderia estar insinuando que apenas a sua vida, que depende do consumo de refrigerantes, é digna de preocupação ou que apenas as vidas abstêmias são válidas. Se a intenção era conectar-se com um público cristão conservador, falhou. Até onde se sabe, Jesus costumava transformar água em vinho, e não em Fanta uva, como lembrado por um amigo.
Outra possibilidade é que Tarcísio estivesse tentando se gabar da boa forma adquirida através de uma dieta baseada em refrigerantes açucarados.
Se a intenção era emular o ex-chefe, que se gabava de ter histórico de atleta e fazia escárnio dos mortos na pandemia, conseguiu.
A frase, sem dúvida, será lembrada em 2026, seja ele candidato à reeleição como governador de São Paulo ou à presidência.
Ele já está atuando nesse sentido.
Prova disso é que, nesta quarta-feira (8), ao celebrar a queda da medida provisória que ampliava a arrecadação do governo federal sobre apostas e fintechs, o líder do PL na Câmara agradeceu aos esforços do governador paulista. Segundo ele, Tarcísio passou a noite telefonando e articulando para que a MP caducasse junto aos líderes do centrão.
Lula apostava nesse projeto para compensar o que o governo deixaria de arrecadar com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além de outros projetos que beneficiam eleitores de média e baixa renda. Sóstenes destacou a influência de Tarcísio na tentativa de reduzir a pressão eleitoral sobre Lula.
Entregue pelo aliado, o governador foi a público afirmar que não tem nada a ver com isso. Ele acusou o PT de espalhar notícias falsas (embora o líder do PL de Jair Bolsonaro tenha sido quem realmente fez isso, e ele esteja ciente).
A fala serviu mais como justificativa e principalmente para demonstrar preocupação com a imagem de governador que abandona seu posto para se dedicar a assuntos que não o comprometem em Brasília. José Serra e João Doria, do ex-PSDB, também seguiram esse caminho e tiveram resultados negativos.
Goste ou não, a fama de Tarcísio já se consolidou. Sua única preocupação é com a eleição de 2026. E com sua Coca-Cola, evidentemente.

Tarcísio de Freitas
Tarcísio de Freitas perdeu a oportunidade de permanecer em silêncio esta semana ao afirmar que se preocuparia com a onda de intoxicação por metanol em seu estado apenas no dia em que a contaminação chegasse na sua Coca-Cola.
Ninguém compreendeu bem a brincadeira. Ele poderia estar insinuando que apenas a sua vida, que depende do consumo de refrigerantes, é digna de preocupação ou que apenas as vidas abstêmias são válidas. Se a intenção era conectar-se com um público cristão conservador, falhou. Até onde se sabe, Jesus costumava transformar água em vinho, e não em Fanta uva, como lembrado por um amigo.
Outra possibilidade é que Tarcísio estivesse tentando se gabar da boa forma adquirida através de uma dieta baseada em refrigerantes açucarados.
Se a intenção era emular o ex-chefe, que se gabava de ter histórico de atleta e fazia escárnio dos mortos na pandemia, conseguiu.
A frase, sem dúvida, será lembrada em 2026, seja ele candidato à reeleição como governador de São Paulo ou à presidência.
Ele já está atuando nesse sentido.
Prova disso é que, nesta quarta-feira (8), ao celebrar a queda da medida provisória que ampliava a arrecadação do governo federal sobre apostas e fintechs, o líder do PL na Câmara agradeceu aos esforços do governador paulista. Segundo ele, Tarcísio passou a noite telefonando e articulando para que a MP caducasse junto aos líderes do centrão.
Lula apostava nesse projeto para compensar o que o governo deixaria de arrecadar com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além de outros projetos que beneficiam eleitores de média e baixa renda. Sóstenes destacou a influência de Tarcísio na tentativa de reduzir a pressão eleitoral sobre Lula.
Entregue pelo aliado, o governador foi a público afirmar que não tem nada a ver com isso. Ele acusou o PT de espalhar notícias falsas (embora o líder do PL de Jair Bolsonaro tenha sido quem realmente fez isso, e ele esteja ciente).
A fala serviu mais como justificativa e principalmente para demonstrar preocupação com a imagem de governador que abandona seu posto para se dedicar a assuntos que não o comprometem em Brasília. José Serra e João Doria, do ex-PSDB, também seguiram esse caminho e tiveram resultados negativos.
Goste ou não, a fama de Tarcísio já se consolidou. Sua única preocupação é com a eleição de 2026. E com sua Coca-Cola, evidentemente.