A tirosina é um aminoácido precursor de neurotransmissores, como a dopamina, estando associada a efeitos antidepressivos, e também atua na formação da melanina, que é uma substância que dá cor à pele, olhos e cabelo.
Este aminoácido não essencial é produzido pelo organismo a partir de outro aminoácido, a fenilalanina. Além disso, a tirosina também pode ser obtida a partir do consumo de alguns alimentos, como queijos, peixes, abacate e nozes, por exemplo.
A tirosina também pode ser obtida por meio de suplementos alimentares em cápsulas, na forma L-tirosina. Entretanto, este suplemento deve ser usado somente com a indicação de um médico ou nutricionista.
A tirosina serve para:
A tirosina pode ajudar a melhorar o humor em situações de estresse ou em casos específicos de depressão relacionada à dopamina. No entanto, a eficácia da tirosina como tratamento para depressão generalizada não foi comprovada.
Ao realizar várias tarefas ao mesmo tempo ou alternar rapidamente de uma tarefa para outra, o cérebro trabalha a todo vapor.
Alguns estudos mostram que o suplemento de tirosina pode facilitar essa flexibilidade mental, ajudando a melhorar a concentração e o desempenho em tarefas difíceis.
Passar longas horas sem dormir afeta a atenção e a capacidade de reagir rapidamente.
Estudos indicam que a tirosina pode ajudar a manter o desempenho mental e reduzir lapsos de atenção após uma noite sem dormir, ajudando o cérebro a funcionar melhor nessas situações.
Em estudos feitos com animais, a tirosina mostrou ter um efeito neuroprotetor, protegendo o cérebro contra o estresse intenso, como o que acontece na privação de sono.
Isso sugere que ela pode ajudar a proteger as células cerebrais e manter o equilíbrio químico cerebral em momentos de estresse. No entanto, mais estudos em humanos ainda são necessários para confirmar esse benefício.
A tirosina pode melhorar a memória em situações estressantes, aumentando a capacidade de realizar diversas tarefas sob pressão.
No entanto, alguns estudos mostram que ela pode não ter esse efeito em idosos.
A tirosina auxilia no tratamento de algumas doenças, como a doença de Parkinson, devido ao seu envolvimento na produção de dopamina.
A dopamina é um neurotransmissor que está envolvido nas emoções, nos processos cognitivos, no controle dos movimentos e na capacidade de atenção, por exemplo.
Este aminoácido pode aumentar a tolerância ao exercício e promover a concentração em situações estressantes ou altas temperaturas, embora não melhore o desempenho físico geral.
A tirosina ameniza a resposta do corpo à doença ou ao estresse, tornando-se um aminoácido essencial, já que nesses casos as suas necessidades ficam aumentadas.
A suplementação de tirosina pode ajudar a complementar o tratamento da fenilcetonúria, uma condição onde o organismo não consegue metabolizar a fenilalanina.
A tirosina é produzida no corpo a partir da fenilalanina, por isso, pessoas com essa condição podem sofrer de deficiência de tirosina.
No entanto, os estudos que relacionam o uso de suplemento de tirosina em pessoas com fenilcetonúria ainda não são conclusivos.
A tirosina é um aminoácido responsável por diversas funções no organismo. Ela chega ao cérebro e se torna precursora de alguns neurotransmissores, como dopamina, norepinefrina e adrenalina, constituindo uma parte essencial do sistema nervoso.
Além disso, a tirosina também atua na formação dos hormônios tireoidianos, catecolestrogênios e melanina.
Esse aminoácido também é importante para a formação de muitas proteínas no organismo, incluindo as encefalinas, que são consideradas o analgésico natural do corpo, por estarem envolvidas na regulação da dor.
A tabela a seguir indica os principais alimentos ricos em tirosina e a quantidade desse aminoácido por porção:
Outros alimentos em que a tirosina também pode ser encontrada são: cogumelos, feijão verde, batata, berinjela, beterraba, rabanete, quiabo, nabo, chicória, aspargo, brócolis, pepino, salsa, cebola roxa, espinafre, tomate e repolho.
Existem dois tipos principais de suplementos contendo tirosina. O primeiro é a tirosina livre, que é a forma direta deste aminoácido. Embora seja menos solúvel em água, é rapidamente absorvida pelo organismo.
O segundo tipo é a N-acetil L-tirosina, conhecida como NALT. Esta é uma forma modificada da tirosina que é mais solúvel em água. No entanto, a sua absorção e metabolismo podem ser mais lentos em comparação com a tirosina livre.
Por isso, alguns estudos e especialistas indicam que doses maiores de NALT podem ser necessárias para atingir o mesmo efeito. Mesmo assim, ainda não há um consenso definitivo sobre qual suplemento é melhor ou mais eficaz.
A dosagem do suplemento de tirosina varia conforme o motivo da suplementação, da idade e estado de saúde da pessoa. A dose mais comumente recomendada para adultos é de 500 mg três vezes ao dia, principalmente em casos de deficiência comprovada ou como suporte em situações específicas, como hipotireoidismo.
No entanto, o suplemento de tirosina deve ser usado sempre com a recomendação e acompanhamento de um profissional de saúde, para ajustar a dose de acordo com as necessidades individuais, evitar efeitos colaterais ou interações com remédios.
Geralmente, esse suplemento é tomado com o estômago vazio, longe das refeições, para promover melhor a sua absorção.
Os efeitos colaterais mais comuns do uso de suplementos de tirosina são dor de cabeça, náusea, azia, dor nas articulações e cansaço.
Além disso, a tirosina pode causar aumento da pressão arterial e, se consumida em grandes quantidades, pode ter efeito laxante.
O uso de suplementos de tirosina é contraindicado durante a gravidez e a amamentação, pois não há estudos suficientes para garantir sua segurança nestas fases. Também deve ser evitado por pessoas com hipertireoidismo ou doença de Graves.
Além disso, o suplemento de tirosina não pode ser usado junto com medicamentos como levodopa, remédios para tratar problemas de tireoide, antidepressivos e inibidores da monoamina oxidase, pois pode causar aumento da pressão arterial.
Pessoas com doença hepática ou renal devem usar suplementos de tirosina somente sob indicação e supervisão médica.