
Astronautas na lua
Cinquenta e seis anos após o astronauta Neil Armstrong pisar na Lua pela primeira vez, ainda há pessoas que duvidam de que “o grande passo para a humanidade” realmente aconteceu.
Além disso, muitos questionam por que não foram realizados outros pousos humanos na Lua desde 1972.
O homem pisou na Lua em seis missões tripuladas da NASA, entre 1969 e 1972, durante o programa Apollo.
No total, 12 astronautas diferentes estiveram na superfície lunar durante essas missões.
A primeira vez foi com Neil Armstrong e Buzz Aldrin, em 20 de julho de 1969, na missão Apollo 11, e a última aconteceu com Eugene Cernan e Harrison Schmitt na Apollo 17, em 1972.
Os astronautas que também foram à Lua incluem Pete Conrad e Alan Bean, na Apollo 12, em 19 de novembro de 1969; Alan Shepard e Edgard Mitchell, na Apollo 14, nos dias 5 e 6 de fevereiro de 1971; David Scott e James Irwin, na Apollo 15, entre 31 de julho e 2 de agosto de 1971; e John Young e Charles Duke, na Apollo 16, entre 21 e 23 de abril de 1972.
Desde então, o homem não voltou à Lua, o que gerou várias teorias.
Segundo o canal @DobraEspacial, que produz conteúdo sobre exploração espacial, ciência e tecnologia, a resposta para essa questão está relacionada a recursos financeiros e ao contexto político.
Desdobramentos da Guerra Fria
As primeiras iniciativas de viagens espaciais surgiram após a Segunda Guerra Mundial e foram impulsionadas pelos desafios geopolíticos da Guerra Fria.
O canal @DobraEspacial aponta que, naquela época, os americanos sentiam que os soviéticos estavam sempre à frente.
“Após o primeiro satélite, eles colocaram os primeiros animais em órbita, enviaram a primeira sonda para a Lua e lançaram o primeiro humano em órbita”, explica o canal.
Naquela época, houve um grande investimento; o canal compara quanto era gasto na NASA durante esses anos com o que é investido hoje. Ao considerar o percentual do orçamento federal dos EUA destinado à NASA, a comparação se torna clara.
Em 1966, cerca de 4,5% do orçamento federal americano era direcionado à NASA. Em 1975, apenas três anos após a Apollo 17, esse percentual caiu para menos de 1% e continuou diminuindo nos anos seguintes.
“Mesmo naquele tempo, com o cenário geopolítico e grandes avanços, como os problemas Gêmenes e Apollo, nem todo cidadão americano aprovaria esse tipo de gasto”, afirma o @DobraEspacial.
“Considerando eficiência e sustentabilidade, o programa Apollo tinha um fim específico. Se quiséssemos continuar indo à Lua com regularidade, seria necessário criar toda uma estrutura para apoiar esse objetivo, incluindo questões técnicas e burocráticas, além de manter o financiamento necessário”, conclui a análise.
Mudança de rota
O canal @DobraEspacial acrescenta que, durante a presidência de Nixon, a NASA alterou seu foco e começou a trabalhar em projetos especiais com um enfoque mais abrangente e sustentável.
O objetivo passou a ser tornar o espaço mais acessível em vez de iniciar um novo programa Apollo ou um projeto ainda mais ambicioso para Marte. Essa mudança orientou a NASA em seus projetos, como a Estação Espacial Skylab, os ônibus espaciais e, anos depois, a Estação Espacial Internacional.
Além disso, ressalta que, mesmo com o programa Artemis se preparando para um possível pouso na Lua antes do final desta década, as preocupações com os custos são um tema constante nos debates políticos acerca do programa, e cortes no orçamento estão sempre em discussão.
Ainda assim, a ideia de que os últimos 50 anos, desde o primeiro pouso na Lua, representam uma estagnação na exploração espacial é equivocada.
“Grandes avanços foram feitos em relação ao nosso entendimento sobre como operar no espaço, sobre tecnologias que permitiram uma presença mais sustentável fora do planeta e, mais recentemente, com a promessa de redução significativa nos custos de lançamento e aumento da acessibilidade ao espaço por meio de veículos espaciais totalmente reutilizáveis”, conclui o @DobraEspacial.
Interesse comercial
O geofísico e youtuber Sérgio Sacani apoia a perspectiva de que a corrida espacial durante a Guerra Fria motivou os investimentos dos Estados Unidos para garantir que seus astronautas chegassem à Lua antes dos soviéticos.
Ele afirma que, para entender por que não houve novas missões, é essencial compreender por que a primeira aconteceu.
“Quando o ser humano foi à Lua, não havia objetivos científicos ou outros, era apenas para provar que eram melhores que os soviéticos. E os Estados Unidos foram lá e disseram, ganhamos, chegamos primeiro na Lua. A Apollo 13, por exemplo, não teve mais audiência, pois o que importava era ser o primeiro”, comenta.
Com o passar dos anos e após a euforia inicial, as sondas espaciais começaram a investigar a superfície lunar, surgindo um novo interesse comercial pela Lua, que não existia nas décadas de 1960 e 1970, de acordo com Sacani.
A Lua possui recursos valiosos, como metais raros, usados em baterias de carros elétricos, e a potencial extração de água, que poderia ser utilizada como combustível em futuras missões espaciais, tornando-a uma base estratégica para a exploração do sistema solar.
“Entretanto, ainda é muito difícil conseguir financiamento para essa exploração, pois envolve valores elevados”, finaliza o geofísico.

Astronautas na lua
Cinquenta e seis anos após o astronauta Neil Armstrong pisar na Lua pela primeira vez, ainda há pessoas que duvidam de que “o grande passo para a humanidade” realmente aconteceu.
Além disso, muitos questionam por que não foram realizados outros pousos humanos na Lua desde 1972.
O homem pisou na Lua em seis missões tripuladas da NASA, entre 1969 e 1972, durante o programa Apollo.
No total, 12 astronautas diferentes estiveram na superfície lunar durante essas missões.
A primeira vez foi com Neil Armstrong e Buzz Aldrin, em 20 de julho de 1969, na missão Apollo 11, e a última aconteceu com Eugene Cernan e Harrison Schmitt na Apollo 17, em 1972.
Os astronautas que também foram à Lua incluem Pete Conrad e Alan Bean, na Apollo 12, em 19 de novembro de 1969; Alan Shepard e Edgard Mitchell, na Apollo 14, nos dias 5 e 6 de fevereiro de 1971; David Scott e James Irwin, na Apollo 15, entre 31 de julho e 2 de agosto de 1971; e John Young e Charles Duke, na Apollo 16, entre 21 e 23 de abril de 1972.
Desde então, o homem não voltou à Lua, o que gerou várias teorias.
Segundo o canal @DobraEspacial, que produz conteúdo sobre exploração espacial, ciência e tecnologia, a resposta para essa questão está relacionada a recursos financeiros e ao contexto político.
Desdobramentos da Guerra Fria
As primeiras iniciativas de viagens espaciais surgiram após a Segunda Guerra Mundial e foram impulsionadas pelos desafios geopolíticos da Guerra Fria.
O canal @DobraEspacial aponta que, naquela época, os americanos sentiam que os soviéticos estavam sempre à frente.
“Após o primeiro satélite, eles colocaram os primeiros animais em órbita, enviaram a primeira sonda para a Lua e lançaram o primeiro humano em órbita”, explica o canal.
Naquela época, houve um grande investimento; o canal compara quanto era gasto na NASA durante esses anos com o que é investido hoje. Ao considerar o percentual do orçamento federal dos EUA destinado à NASA, a comparação se torna clara.
Em 1966, cerca de 4,5% do orçamento federal americano era direcionado à NASA. Em 1975, apenas três anos após a Apollo 17, esse percentual caiu para menos de 1% e continuou diminuindo nos anos seguintes.
“Mesmo naquele tempo, com o cenário geopolítico e grandes avanços, como os problemas Gêmenes e Apollo, nem todo cidadão americano aprovaria esse tipo de gasto”, afirma o @DobraEspacial.
“Considerando eficiência e sustentabilidade, o programa Apollo tinha um fim específico. Se quiséssemos continuar indo à Lua com regularidade, seria necessário criar toda uma estrutura para apoiar esse objetivo, incluindo questões técnicas e burocráticas, além de manter o financiamento necessário”, conclui a análise.
Mudança de rota
O canal @DobraEspacial acrescenta que, durante a presidência de Nixon, a NASA alterou seu foco e começou a trabalhar em projetos especiais com um enfoque mais abrangente e sustentável.
O objetivo passou a ser tornar o espaço mais acessível em vez de iniciar um novo programa Apollo ou um projeto ainda mais ambicioso para Marte. Essa mudança orientou a NASA em seus projetos, como a Estação Espacial Skylab, os ônibus espaciais e, anos depois, a Estação Espacial Internacional.
Além disso, ressalta que, mesmo com o programa Artemis se preparando para um possível pouso na Lua antes do final desta década, as preocupações com os custos são um tema constante nos debates políticos acerca do programa, e cortes no orçamento estão sempre em discussão.
Ainda assim, a ideia de que os últimos 50 anos, desde o primeiro pouso na Lua, representam uma estagnação na exploração espacial é equivocada.
“Grandes avanços foram feitos em relação ao nosso entendimento sobre como operar no espaço, sobre tecnologias que permitiram uma presença mais sustentável fora do planeta e, mais recentemente, com a promessa de redução significativa nos custos de lançamento e aumento da acessibilidade ao espaço por meio de veículos espaciais totalmente reutilizáveis”, conclui o @DobraEspacial.
Interesse comercial
O geofísico e youtuber Sérgio Sacani apoia a perspectiva de que a corrida espacial durante a Guerra Fria motivou os investimentos dos Estados Unidos para garantir que seus astronautas chegassem à Lua antes dos soviéticos.
Ele afirma que, para entender por que não houve novas missões, é essencial compreender por que a primeira aconteceu.
“Quando o ser humano foi à Lua, não havia objetivos científicos ou outros, era apenas para provar que eram melhores que os soviéticos. E os Estados Unidos foram lá e disseram, ganhamos, chegamos primeiro na Lua. A Apollo 13, por exemplo, não teve mais audiência, pois o que importava era ser o primeiro”, comenta.
Com o passar dos anos e após a euforia inicial, as sondas espaciais começaram a investigar a superfície lunar, surgindo um novo interesse comercial pela Lua, que não existia nas décadas de 1960 e 1970, de acordo com Sacani.
A Lua possui recursos valiosos, como metais raros, usados em baterias de carros elétricos, e a potencial extração de água, que poderia ser utilizada como combustível em futuras missões espaciais, tornando-a uma base estratégica para a exploração do sistema solar.
“Entretanto, ainda é muito difícil conseguir financiamento para essa exploração, pois envolve valores elevados”, finaliza o geofísico.