
Segundo barco foi bombardeado no Pacífico em menos de 48 horas
Os Estados Unidos bombardearam nesta quarta-feira (22) mais um barco no Oceano Pacífico, causando a morte de três pessoas, segundo o Departamento de Guerra norte-americano. Este é o segundo ataque em menos de 48 horas.
O governo informou que a embarcação transportava drogas e que a ação foi autorizada pelo presidente Donald Trump.
Nesta terça-feira (21), outro barco foi atingido por militares estadunidenses em águas internacionais perto da Colômbia, resultando em duas mortes.
Em publicação em rede social, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que “nossa inteligência sabia que a embarcação estava envolvida em contrabando ilícito de narcóticos, que estava transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e que transportava narcóticos”.
Hegseth acrescentou que “três narcoterroristas do sexo masculino estavam a bordo da embarcação durante o ataque, que foi conduzido em águas internacionais”.
Mais cedo, questionado sobre a autoridade para realizar os ataques, Trump afirmou que sim e justificou as ações alegando que 300 mil pessoas morrem nos EUA por problemas relacionados às drogas. Ele também disse que os ataques no mar farão os traficantes migrarem para ações terrestres e que o governo estadunidense poderá ordenar operações em terra, com aval do Congresso.
“Nós vamos atingi-los muito forte quando eles vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que estamos fazendo, quando chegarmos por terra”, afirmou Trump.
A ofensiva ocorre em meio ao aumento da presença militar estadunidense no Caribe, incluindo destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil militares.
Críticas e violações internacionais
Especialistas da ONU, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos, criticaram os ataques, afirmando que eles violam o direito internacional e configuram execuções extrajudiciais.
Segundo o grupo, os bombardeios “violam a soberania do país sul-americano e as obrigações internacionais fundamentais dos EUA de não intervir em assuntos domésticos ou ameaçar usar força armada contra outro país”.
Ainda segundo os especialistas, “mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais”.
O grupo destacou que “esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe”. Eles afirmaram ter contatado os EUA e alertaram que qualquer ação militar secreta ou direta contra outro Estado soberano seria “uma violação ainda mais grave” da Carta da ONU.

Segundo barco foi bombardeado no Pacífico em menos de 48 horas
Os Estados Unidos bombardearam nesta quarta-feira (22) mais um barco no Oceano Pacífico, causando a morte de três pessoas, segundo o Departamento de Guerra norte-americano. Este é o segundo ataque em menos de 48 horas.
O governo informou que a embarcação transportava drogas e que a ação foi autorizada pelo presidente Donald Trump.
Nesta terça-feira (21), outro barco foi atingido por militares estadunidenses em águas internacionais perto da Colômbia, resultando em duas mortes.
Em publicação em rede social, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que “nossa inteligência sabia que a embarcação estava envolvida em contrabando ilícito de narcóticos, que estava transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e que transportava narcóticos”.
Hegseth acrescentou que “três narcoterroristas do sexo masculino estavam a bordo da embarcação durante o ataque, que foi conduzido em águas internacionais”.
Mais cedo, questionado sobre a autoridade para realizar os ataques, Trump afirmou que sim e justificou as ações alegando que 300 mil pessoas morrem nos EUA por problemas relacionados às drogas. Ele também disse que os ataques no mar farão os traficantes migrarem para ações terrestres e que o governo estadunidense poderá ordenar operações em terra, com aval do Congresso.
“Nós vamos atingi-los muito forte quando eles vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que estamos fazendo, quando chegarmos por terra”, afirmou Trump.
A ofensiva ocorre em meio ao aumento da presença militar estadunidense no Caribe, incluindo destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil militares.
Críticas e violações internacionais
Especialistas da ONU, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos, criticaram os ataques, afirmando que eles violam o direito internacional e configuram execuções extrajudiciais.
Segundo o grupo, os bombardeios “violam a soberania do país sul-americano e as obrigações internacionais fundamentais dos EUA de não intervir em assuntos domésticos ou ameaçar usar força armada contra outro país”.
Ainda segundo os especialistas, “mesmo que tais alegações fossem comprovadas, o uso de força letal em águas internacionais sem base legal adequada viola o direito internacional do mar e equivale a execuções extrajudiciais”.
O grupo destacou que “esses movimentos são uma escalada extremamente perigosa com graves implicações para a paz e a segurança na região do Caribe”. Eles afirmaram ter contatado os EUA e alertaram que qualquer ação militar secreta ou direta contra outro Estado soberano seria “uma violação ainda mais grave” da Carta da ONU.