
Amostras de materiais em diferentes etapas do processamento da argila iônica até o carbonato de terras raras
A primeira fábrica do Brasil capaz de processar terras raras para a produção de ímãs se encontra em Aparecida de Goiânia (GO). A unidade utiliza um método ambientalmente responsável para transformar argila iônica, com cerca de 0,1% de terras raras, em carbonato com pureza acima de 95%, destinado à fabricação de ímãs usados nas indústrias automotiva e de energia.
As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos utilizados em produtos de alta tecnologia, como turbinas eólicas, veículos elétricos e equipamentos eletrônicos. Esses elementos são encontrados em baixa concentração na natureza e precisam ser isolados para uso industrial, processo que a planta de Aparecida de Goiânia é atualmente a única a realizar no país.
Segundo a engenheira de processos Ana Carolina Sales, o material chega da cidade de Nova Roma (GO) e passa por uma série de etapas até a obtenção do carbonato. “Uma tonelada de argila iônica resulta em um quilo de carbonato de terras raras”, explicou. O procedimento envolve lavagem, peneiramento e filtragem até eliminar as impurezas.
Os principais elementos extraídos são neodímio, praseodímio, disprósio e térbio, usados na composição de ímãs empregados em motores elétricos e em turbinas eólicas.
“Com a adição das terras raras, os ímãs suportam temperaturas mais altas, o que permite produzir componentes menores e mais duráveis”, afirmou Matheus Lima, especialista jurídico da empresa responsável pela operação.
A planta goiana adota técnicas de baixo impacto ambiental, sem uso de explosivos ou trituração, o que elimina a necessidade de barragens de rejeitos. Além disso, 95% da água é reutilizada, e 99% do reagente químico, um fertilizante natural, é recuperado no processo.
O que são terras raras
Segundo a Agência Nacional de Mineração, as terras raras são um grupo de elementos químicos, conhecidos como lantanídeos, além de ítrio e escândio, com propriedades semelhantes e alta importância tecnológica.
Esses elementos estão presentes em mais de 250 tipos de minerais, como a monazita e a bastnasita, e são usados em ligas metálicas, catalisadores, lasers, supercondutores e ímãs permanentes.
Em 2023, a produção mundial de terras raras chegou a 375,9 mil toneladas, sendo a China responsável por 67,8% do total, seguida por Burma (11,4%), Estados Unidos (11,1%) e Austrália (4,3%).
O Brasil tem 11,4 milhões de toneladas em reservas provadas e prováveis, segundo dados da ANM e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS)

Amostras de materiais em diferentes etapas do processamento da argila iônica até o carbonato de terras raras
A primeira fábrica do Brasil capaz de processar terras raras para a produção de ímãs se encontra em Aparecida de Goiânia (GO). A unidade utiliza um método ambientalmente responsável para transformar argila iônica, com cerca de 0,1% de terras raras, em carbonato com pureza acima de 95%, destinado à fabricação de ímãs usados nas indústrias automotiva e de energia.
As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos utilizados em produtos de alta tecnologia, como turbinas eólicas, veículos elétricos e equipamentos eletrônicos. Esses elementos são encontrados em baixa concentração na natureza e precisam ser isolados para uso industrial, processo que a planta de Aparecida de Goiânia é atualmente a única a realizar no país.
Segundo a engenheira de processos Ana Carolina Sales, o material chega da cidade de Nova Roma (GO) e passa por uma série de etapas até a obtenção do carbonato. “Uma tonelada de argila iônica resulta em um quilo de carbonato de terras raras”, explicou. O procedimento envolve lavagem, peneiramento e filtragem até eliminar as impurezas.
Os principais elementos extraídos são neodímio, praseodímio, disprósio e térbio, usados na composição de ímãs empregados em motores elétricos e em turbinas eólicas.
“Com a adição das terras raras, os ímãs suportam temperaturas mais altas, o que permite produzir componentes menores e mais duráveis”, afirmou Matheus Lima, especialista jurídico da empresa responsável pela operação.
A planta goiana adota técnicas de baixo impacto ambiental, sem uso de explosivos ou trituração, o que elimina a necessidade de barragens de rejeitos. Além disso, 95% da água é reutilizada, e 99% do reagente químico, um fertilizante natural, é recuperado no processo.
O que são terras raras
Segundo a Agência Nacional de Mineração, as terras raras são um grupo de elementos químicos, conhecidos como lantanídeos, além de ítrio e escândio, com propriedades semelhantes e alta importância tecnológica.
Esses elementos estão presentes em mais de 250 tipos de minerais, como a monazita e a bastnasita, e são usados em ligas metálicas, catalisadores, lasers, supercondutores e ímãs permanentes.
Em 2023, a produção mundial de terras raras chegou a 375,9 mil toneladas, sendo a China responsável por 67,8% do total, seguida por Burma (11,4%), Estados Unidos (11,1%) e Austrália (4,3%).
O Brasil tem 11,4 milhões de toneladas em reservas provadas e prováveis, segundo dados da ANM e do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS)
 
  
  
 