A Honda aproveitou a atualização de meia-vida da XL750 Transalp para espalhar o modelo pela América Latina. Nessa renovação, a Touring Aventureira de média-alta cilindrada teve a frente redesenhada, com carenagem, para-brisa e conjunto ótico novos, painel com mais recursos e diversas pequenas mudanças na ciclística. Uma outra mudança feita no modelo fabricado em Zilina, na Eslováquia, foi a adequação às normas Euro 5+, através de um novo mapeamento.
Mesmo com emissões menores, a Honda conseguiu manter a mesma potência e torque estabelecidos na primeira fase do modelo, com 92 cv e 7,65 kgfm. O motor com dois cilindros paralelos com 755 cm³, refrigeração líquida e um câmbio manual de seis marchas. Ele conta ainda com cinco modos de condução: Sport, Standard, Rain, Grave e Personal. A engenharia da marca buscou uma resposta do acelerador mais suave e menos brusca, permitindo um melhor controle, principalmente em baixas velocidades, o que favorece o uso em trilhas e trechos de terra.
As suspensões também foram reconfiguradas para proporcionar mais conforto e controle. Na dianteira, a Transalp traz um Showa SFF-CA, com funções separadas e ajustáveis, ligeiramente mais macio para maior conforto na estrada. Já na traseira, o ajuste ficou mais firme, o que, segundo a Honda, melhora a estabilidade e agilidade em curvas, compensando a maciez da dianteira.
Houve também um incremento na interface e na conectividade do modelo. O painel em TFT de 5 polegadas foi aprimorado, eliminando reflexos, especialmente sob luz solar direta, e tornando a tela mais resistente. O painel agora oferece conectividade com smartphones através do Honda RoadSync, compatível com dispositivos iOS e Android, permitindo controle de chamadas, música e navegação. Outra melhoria foram os comandos dos punhos, que agora são retroiluminados.
Na Argentina, onde foi apresentada em setembro, o modelo está sendo oferecido por US$ 17.500. Esse valor não é uma boa referência na conversão, pois a economia argentina enfrenta dificuldades e os preços estão muito altos. Contudo, uma comparação interessante é com a Yamaha Ténéré 700, que custa 40% mais que a Transalp. Na Europa, a diferença de preços entre os modelos segue esse padrão. Seguindo esta lógica, a Transalp custaria no Brasil em torno de R$ 50 mil, o que é improvável. A expectativa é de que a Transalp chegue em torno de R$ 65 mil, em um ponto intermediário entre a CB 500X e a CRF 1100 Africa Twin.