
A comissão deverá investigar a estrutura e a expansão dessas organizações
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), determinou a abertura da CPI do Crime Organizado. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (29), um dia depois da operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 132 mortes, segundo levantamento da Defensoria Pública.
A decisão de Alcolumbre foi tomada após a megaoperação policial realizada na terça-feira (28), que mirava a cúpula do Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha.
Segundo o governo do Rio de Janeiro, a ação contou com mais de 2,5 mil agentes e resultou na prisão de 81 pessoas e na apreensão de 93 fuzis.
De acordo com o levantamento da Defensoria Pública, 132 pessoas morreram — 128 civis e quatro agentes de segurança. O número diverge do balanço oficial das forças de segurança, que relatam 119 mortes.
A Defensoria informou que 64 pessoas morreram no dia da operação e outras 64 foram encontradas depois, em áreas de mata próximas ao local.
Moradores relataram que corpos foram levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, na madrugada desta quarta-feira.
Divergência nos números e atuação da Defensoria
Em nota, a Defensoria Pública afirmou que “tem ouvido e acolhido os moradores dos locais afetados e os familiares das vítimas fatais, buscando assegurar que cada relato contribua para a necessária resposta institucional à violência estatal nunca antes vista”.
O órgão informou ainda que equipes do NUDEDH (Núcleo de Direitos Humanos) permanecem no Complexo da Penha e no IML (Instituto Médico Legal), acompanhando a identificação dos corpos e prestando assistência jurídica a familiares de vítimas, presos e pessoas atingidas pela operação.
Contexto da megaoperação
A ação policial foi um desdobramento da Operação Contenção, programa do governo estadual criado para conter a expansão do Comando Vermelho em territórios do Rio de Janeiro.
Segundo o Geni/UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), o número de mortos superou em mais de três vezes o da operação do Jacarezinho, em 2021, que havia deixado 28 mortos.

A comissão deverá investigar a estrutura e a expansão dessas organizações
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), determinou a abertura da CPI do Crime Organizado. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (29), um dia depois da operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 132 mortes, segundo levantamento da Defensoria Pública.
A decisão de Alcolumbre foi tomada após a megaoperação policial realizada na terça-feira (28), que mirava a cúpula do Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha.
Segundo o governo do Rio de Janeiro, a ação contou com mais de 2,5 mil agentes e resultou na prisão de 81 pessoas e na apreensão de 93 fuzis.
De acordo com o levantamento da Defensoria Pública, 132 pessoas morreram — 128 civis e quatro agentes de segurança. O número diverge do balanço oficial das forças de segurança, que relatam 119 mortes.
A Defensoria informou que 64 pessoas morreram no dia da operação e outras 64 foram encontradas depois, em áreas de mata próximas ao local.
Moradores relataram que corpos foram levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, na madrugada desta quarta-feira.
Divergência nos números e atuação da Defensoria
Em nota, a Defensoria Pública afirmou que “tem ouvido e acolhido os moradores dos locais afetados e os familiares das vítimas fatais, buscando assegurar que cada relato contribua para a necessária resposta institucional à violência estatal nunca antes vista”.
O órgão informou ainda que equipes do NUDEDH (Núcleo de Direitos Humanos) permanecem no Complexo da Penha e no IML (Instituto Médico Legal), acompanhando a identificação dos corpos e prestando assistência jurídica a familiares de vítimas, presos e pessoas atingidas pela operação.
Contexto da megaoperação
A ação policial foi um desdobramento da Operação Contenção, programa do governo estadual criado para conter a expansão do Comando Vermelho em territórios do Rio de Janeiro.
Segundo o Geni/UFF (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), o número de mortos superou em mais de três vezes o da operação do Jacarezinho, em 2021, que havia deixado 28 mortos.
