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Antigo cemitério pode ter mais de 100 mil corpos de escravizados

por Conexão1
26/10/25 | 16:41
em Cotidiano
O cemitério abrigava sepulturas de pessoas que viviam à margem da sociedade
Google Maps

O cemitério abrigava sepulturas de pessoas que viviam à margem da sociedade

Pesquisas arqueológicas realizadas no antigo cemitério da Pupileira, em Salvador, capital da Bahia, indicam que o local abriga os restos de mais de 100 mil pessoas, principalmente escravizados africanos, indígenas, ciganos e pobres marginalizados.

O sítio está soterrado sob o estacionamento do Complexo da Pupileira, pertencente à Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

O local funcionou por cerca de 150 anos, desde o século XVII até 1844, quando as sepulturas foram transferidas para o Cemitério Campo Santo, na Federação.

O levantamento foi coordenado pela arqueóloga Jeanne Almeida durante o mês de maio e incluiu escavações que identificaram fragmentos ósseos humanos e artefatos que confirmam o uso do local como vala comum.

“É um tema de relevância para a formação da memória social e coletiva da Bahia e do país, pois estamos falando de séculos em que pessoas foram retiradas de seu território de maneira forçada para serem escravizadas e que tiveram seus laços quebrados e memórias apagadas”, afirmou Almeida durante a apresentação dos resultados no Ministério Público da Bahia (MP-BA).

A pesquisa foi inspirada em trabalhos anteriores em Belém, capital do Pará, e conduzida em conjunto com a arquiteta urbanista Silvana Olivieri, que utilizou mapas do século XVIII, imagens de satélite e referências bibliográficas para localizar o sítio.

O MP-BA mediou a cooperação com a Santa Casa via Termo de Ajustamento de Conduta, garantindo que a escavação ocorresse dentro de parâmetros técnicos e legais.

O cemitério abrigava sepulturas de pessoas que viviam à margem da sociedade, incluindo não-batizados, excomungados, suicidas, prostitutas, criminosos e insurgentes, como líderes da Revolta dos Malês (1835), Revolta dos Búzios (1798) e Revolução Pernambucana (1817).

“O próximo passo é garantir a proteção do local enquanto sítio arqueológico de memória sensível e promover uma escuta social dos movimentos sociais, lideranças religiosas e espirituais a fim de iniciarmos um processo de reparação histórica”, explicou o promotor de Justiça Alan Cedraz, coordenador do Nudephac (Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural).

Participações

Antigo cemitério da Pupileira
UFBA

Antigo cemitério da Pupileira

A reunião no MP-BA, realizada na última terça (21), contou ainda com a participação das promotoras Cristina Seixas e Lívia Sant’Anna Vaz, representantes da Santa Casa, do Iphan, da Fundação Gregório de Matos e do Ipac.

Também participaram a pesquisadora Silvana Olivieri, a arqueóloga Jeanne Almeida e o advogado e professor Samuel Vida.

Durante o encontro, foi reforçada a recomendação técnica do Iphan para reconhecer o local como “Sítio Arqueológico Cemitério dos Africanos” e suspender imediatamente o uso como estacionamento.

Segundo Almeida, as etapas de campo incluíram a coleta e preservação de fragmentos ósseos, análise laboratorial e levantamento de materiais associados às sepulturas.

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O cemitério abrigava sepulturas de pessoas que viviam à margem da sociedade
Google Maps

O cemitério abrigava sepulturas de pessoas que viviam à margem da sociedade

Pesquisas arqueológicas realizadas no antigo cemitério da Pupileira, em Salvador, capital da Bahia, indicam que o local abriga os restos de mais de 100 mil pessoas, principalmente escravizados africanos, indígenas, ciganos e pobres marginalizados.

O sítio está soterrado sob o estacionamento do Complexo da Pupileira, pertencente à Santa Casa de Misericórdia da Bahia.

O local funcionou por cerca de 150 anos, desde o século XVII até 1844, quando as sepulturas foram transferidas para o Cemitério Campo Santo, na Federação.

O levantamento foi coordenado pela arqueóloga Jeanne Almeida durante o mês de maio e incluiu escavações que identificaram fragmentos ósseos humanos e artefatos que confirmam o uso do local como vala comum.

“É um tema de relevância para a formação da memória social e coletiva da Bahia e do país, pois estamos falando de séculos em que pessoas foram retiradas de seu território de maneira forçada para serem escravizadas e que tiveram seus laços quebrados e memórias apagadas”, afirmou Almeida durante a apresentação dos resultados no Ministério Público da Bahia (MP-BA).

A pesquisa foi inspirada em trabalhos anteriores em Belém, capital do Pará, e conduzida em conjunto com a arquiteta urbanista Silvana Olivieri, que utilizou mapas do século XVIII, imagens de satélite e referências bibliográficas para localizar o sítio.

O MP-BA mediou a cooperação com a Santa Casa via Termo de Ajustamento de Conduta, garantindo que a escavação ocorresse dentro de parâmetros técnicos e legais.

O cemitério abrigava sepulturas de pessoas que viviam à margem da sociedade, incluindo não-batizados, excomungados, suicidas, prostitutas, criminosos e insurgentes, como líderes da Revolta dos Malês (1835), Revolta dos Búzios (1798) e Revolução Pernambucana (1817).

“O próximo passo é garantir a proteção do local enquanto sítio arqueológico de memória sensível e promover uma escuta social dos movimentos sociais, lideranças religiosas e espirituais a fim de iniciarmos um processo de reparação histórica”, explicou o promotor de Justiça Alan Cedraz, coordenador do Nudephac (Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural).

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Antigo cemitério da Pupileira
UFBA

Antigo cemitério da Pupileira

A reunião no MP-BA, realizada na última terça (21), contou ainda com a participação das promotoras Cristina Seixas e Lívia Sant’Anna Vaz, representantes da Santa Casa, do Iphan, da Fundação Gregório de Matos e do Ipac.

Também participaram a pesquisadora Silvana Olivieri, a arqueóloga Jeanne Almeida e o advogado e professor Samuel Vida.

Durante o encontro, foi reforçada a recomendação técnica do Iphan para reconhecer o local como “Sítio Arqueológico Cemitério dos Africanos” e suspender imediatamente o uso como estacionamento.

Segundo Almeida, as etapas de campo incluíram a coleta e preservação de fragmentos ósseos, análise laboratorial e levantamento de materiais associados às sepulturas.

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