
Para ex-embaixador dos EUA, Bolsonaro é ”página virada” para Trump
O ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, afirmou que o ex-presidente norte-americano Donald Trump reconheceu que não poderá interferir no processo judicial de Jair Bolsonaro (PL) e que a tentativa de garantir a participação do ex-presidente brasileiro nas próximas eleições “fracassou”.
Questionado se o tema é uma “página virada” para Trump, Shannon respondeu: “Sim. Por que ele vai fracassar de novo quando já fracassou uma vez? Trump é astuto nesse ponto. Ele sabe quando não pode avançar em uma frente e procura outra”, disse, em entrevista à BBC News Brasil.
De acordo com o diplomata, esse foi um dos motivos que levaram à aproximação recente entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A trégua entre os dois começou em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, quando se encontraram e trocaram cumprimentos. Agora, ambos estão na Malásia, e um novo encontro pode ocorrer neste domingo (26), durante a cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático).
A reaproximação representa uma mudança na postura de Trump, que em julho havia imposto uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, condicionando a retomada das relações à suspensão do julgamento de Bolsonaro no STF.
O julgamento, no entanto, não foi suspenso, e o ex-presidente brasileiro foi condenado pela 1ª Turma do Supremo a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Shannon também afirmou que Trump foi convencido de que as tarifas impostas ao Brasil prejudicariam empresas e consumidores norte-americanos. “Acho que o presidente [Trump] foi exposto, por meio do setor privado norte-americano, a uma espécie de curso intensivo sobre o impacto que essas tarifas teriam no dia a dia de muitos norte-americanos”, disse.
Segundo o diplomata, Trump percebeu que havia sido mal-informado ao adotar as sanções e decidiu reverter a situação pessoalmente. “O que ele fez, ao estilo Trump, foi transformar um problema bilateral entre dois países em um encontro pessoal positivo, e usou esse encontro para mudar o tom da conversa entre os dois países”, afirmou Shannon.
No mundo da diplomacia, isso é um movimento muito inteligente”, concluiu o embaixador.

Para ex-embaixador dos EUA, Bolsonaro é ”página virada” para Trump
O ex-embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, afirmou que o ex-presidente norte-americano Donald Trump reconheceu que não poderá interferir no processo judicial de Jair Bolsonaro (PL) e que a tentativa de garantir a participação do ex-presidente brasileiro nas próximas eleições “fracassou”.
Questionado se o tema é uma “página virada” para Trump, Shannon respondeu: “Sim. Por que ele vai fracassar de novo quando já fracassou uma vez? Trump é astuto nesse ponto. Ele sabe quando não pode avançar em uma frente e procura outra”, disse, em entrevista à BBC News Brasil.
De acordo com o diplomata, esse foi um dos motivos que levaram à aproximação recente entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A trégua entre os dois começou em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU, quando se encontraram e trocaram cumprimentos. Agora, ambos estão na Malásia, e um novo encontro pode ocorrer neste domingo (26), durante a cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático).
A reaproximação representa uma mudança na postura de Trump, que em julho havia imposto uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, condicionando a retomada das relações à suspensão do julgamento de Bolsonaro no STF.
O julgamento, no entanto, não foi suspenso, e o ex-presidente brasileiro foi condenado pela 1ª Turma do Supremo a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Shannon também afirmou que Trump foi convencido de que as tarifas impostas ao Brasil prejudicariam empresas e consumidores norte-americanos. “Acho que o presidente [Trump] foi exposto, por meio do setor privado norte-americano, a uma espécie de curso intensivo sobre o impacto que essas tarifas teriam no dia a dia de muitos norte-americanos”, disse.
Segundo o diplomata, Trump percebeu que havia sido mal-informado ao adotar as sanções e decidiu reverter a situação pessoalmente. “O que ele fez, ao estilo Trump, foi transformar um problema bilateral entre dois países em um encontro pessoal positivo, e usou esse encontro para mudar o tom da conversa entre os dois países”, afirmou Shannon.
No mundo da diplomacia, isso é um movimento muito inteligente”, concluiu o embaixador.
