
O universo é formado por três componentes: matéria comum ou visível (5%), matéria escura (27%) e energia escura (68%)
Um estudo recente sugere que a matéria escura, o componente invisível que compõe a maior parte do universo, pode finalmente ser comprovada. Essa descoberta é baseada em um brilho enigmático emanado do centro da nossa galáxia.
Cientistas da Universidade Johns Hopkins analisaram uma faixa difusa de raios gama captada pelo telescópio Fermi, da NASA, acreditando que ela representa a pista mais forte até o momento sobre essa substância misteriosa. A matéria escura não emite, reflete nem absorve luz, o que a torna indetectável por métodos convencionais. No entanto, seus efeitos gravitacionais são tão evidentes que é considerada responsável por cerca de 27% de todo o conteúdo do cosmos.
O que seria a matéria escura?
Atualmente, tudo o que conseguimos ver – estrelas, planetas, galáxias, pessoas e animais – representa apenas 5% do universo. O restante é dividido entre matéria escura e um componente ainda mais enigmático: a energia escura, que compõe 68% do total. Com isso, entender o papel da matéria escura se tornou uma das metas principais da física moderna, mas comprovar sua existência continua sendo um desafio que perdura há décadas.
Após diversas pesquisas, os cientistas chegaram à conclusão de que o brilho observado pelo telescópio Fermi pode ser o resultado da colisão de partículas de matéria escura, que se aniquilam ao colidir, liberando raios gama como subproduto. Outra hipótese considerada é que o fenômeno resulte de um grupo de estrelas de nêutrons conhecidas como pulsares de milissegundos, que giram centenas de vezes por segundo e emitem radiação em todo o espectro eletromagnético.
Os raios gama, as ondas mais energéticas e de menor comprimento do espectro eletromagnético, são ideais para investigar fenômenos tão intensos e extremos.
Mas será que é mesmo?
Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins afirmam que ambas as hipóteses se ajustam bem aos dados observados. No entanto, um detalhe encorajador é que a explicação da matéria escura mostrou-se tão consistente quanto a hipótese dos pulsares, aumentando a probabilidade de que ela tenha sido indiretamente detectada pela primeira vez.
Para confirmar esse mistério, os cientistas depositam esperanças no futuro Cherenkov Telescope Array Observatory, que está sendo construído no Chile e deve começar a operar em 2026. Ele será o telescópio terrestre mais potente do mundo dedicado à observação de raios gama e poderá, finalmente, distinguir as duas possíveis origens desse brilho.
Quer entender mais sobre matéria escura?
O iG foi pro Espaço de hoje contará com a participação do astrônomo Rafael de Campos, que irá explicar todo o conceito de matéria escura e todos os aspectos que envolvem esse tema, que é considerado um grande mistério na ciência.

O universo é formado por três componentes: matéria comum ou visível (5%), matéria escura (27%) e energia escura (68%)
Um estudo recente sugere que a matéria escura, o componente invisível que compõe a maior parte do universo, pode finalmente ser comprovada. Essa descoberta é baseada em um brilho enigmático emanado do centro da nossa galáxia.
Cientistas da Universidade Johns Hopkins analisaram uma faixa difusa de raios gama captada pelo telescópio Fermi, da NASA, acreditando que ela representa a pista mais forte até o momento sobre essa substância misteriosa. A matéria escura não emite, reflete nem absorve luz, o que a torna indetectável por métodos convencionais. No entanto, seus efeitos gravitacionais são tão evidentes que é considerada responsável por cerca de 27% de todo o conteúdo do cosmos.
O que seria a matéria escura?
Atualmente, tudo o que conseguimos ver – estrelas, planetas, galáxias, pessoas e animais – representa apenas 5% do universo. O restante é dividido entre matéria escura e um componente ainda mais enigmático: a energia escura, que compõe 68% do total. Com isso, entender o papel da matéria escura se tornou uma das metas principais da física moderna, mas comprovar sua existência continua sendo um desafio que perdura há décadas.
Após diversas pesquisas, os cientistas chegaram à conclusão de que o brilho observado pelo telescópio Fermi pode ser o resultado da colisão de partículas de matéria escura, que se aniquilam ao colidir, liberando raios gama como subproduto. Outra hipótese considerada é que o fenômeno resulte de um grupo de estrelas de nêutrons conhecidas como pulsares de milissegundos, que giram centenas de vezes por segundo e emitem radiação em todo o espectro eletromagnético.
Os raios gama, as ondas mais energéticas e de menor comprimento do espectro eletromagnético, são ideais para investigar fenômenos tão intensos e extremos.
Mas será que é mesmo?
Os pesquisadores da Universidade Johns Hopkins afirmam que ambas as hipóteses se ajustam bem aos dados observados. No entanto, um detalhe encorajador é que a explicação da matéria escura mostrou-se tão consistente quanto a hipótese dos pulsares, aumentando a probabilidade de que ela tenha sido indiretamente detectada pela primeira vez.
Para confirmar esse mistério, os cientistas depositam esperanças no futuro Cherenkov Telescope Array Observatory, que está sendo construído no Chile e deve começar a operar em 2026. Ele será o telescópio terrestre mais potente do mundo dedicado à observação de raios gama e poderá, finalmente, distinguir as duas possíveis origens desse brilho.
Quer entender mais sobre matéria escura?
O iG foi pro Espaço de hoje contará com a participação do astrônomo Rafael de Campos, que irá explicar todo o conceito de matéria escura e todos os aspectos que envolvem esse tema, que é considerado um grande mistério na ciência.