
Arnaldo simulou a própria morte para enganar a Justiça
Um ex-auditor fiscal da Prefeitura de São Paulo, condenado por corrupção, foi preso na última quarta-feira (15) em Mucuri, no sul da Bahia, após pagar R$ 45 mil por uma certidão de óbito falsa para escapar da prisão. As informações são do Fantástico.
Arnaldo Augusto Pereira, que vivia na cidade desde 2021, viajou cerca de 13 horas até Salvador (BA) para obter o documento, apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) como prova de sua suposta morte.
Arnaldo foi subsecretário de arrecadação de São Paulo entre 2007 e 2009 e é apontado como integrante da chamada Máfia dos Fiscais do ISS, esquema que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão.
Segundo o Ministério Público, Arnaldo recebeu cerca de R$ 5 milhões de fiscais envolvidos em cobranças ilegais a construtoras.
Em 2012, quando era secretário de Planejamento em Santo André (SP), foi acusado de receber mais de R$ 1 milhão para liberar a construção de um condomínio residencial. Pelos crimes, foi condenado a 43 anos de prisão, 23 anos pelo caso do ISS, 13 por propina em Santo André e 07 por lavagem de dinheiro. Todas as decisões ainda cabem recurso.
Plano de fuga
Temendo ser preso em definitivo, Arnaldo elaborou um plano para forjar a própria morte. Segundo ele, pagou R$ 45 mil em dinheiro por uma certidão verdadeira, emitida irregularmente por um cartório de Salvador.
Ele afirmou ter tido contato com uma pessoa que vende esse tipo de documento e que criou um e-mail falsificado da esposa para facilitar a situação. Sua esposa não sabe que ele está morto.
O documento foi enviado por um advogado ao STJ, que chegou a determinar a extinção de uma das penas de Arnaldo, referente ao caso de Santo André. A certidão possuía um QR code que, segundo ele, indicava autenticidade.
A suposta morte levantou desconfiança entre promotores de São Paulo, que notaram a discrepância entre a vida de Arnaldo e as informações contidas no documento. Um funcionário do cemitério de Cachoeira (BA), onde supostamente ele teria sido enterrado, confirmou que não havia registros de sepultamento.
O médico que assinou o atestado admitiu ter validado o documento à distância, algo proibido por lei.
Prisão e novo processo
Após a fraude ser descoberta, a polícia localizou Arnaldo em uma casa em Mucuri. Ele tentou fugir ao perceber a presença de agentes disfarçados, mas foi detido. O ex-auditor admitiu sentir constrangimento e reconheceu seus erros.
Os promotores informaram que Arnaldo utilizou a certidão de óbito em processos de sequestro de bens, buscando recuperar patrimônio que estava sob apreensão.
Situação judicial
O STJ informou que vai analisar o caso na próxima terça-feira (21) para reverter a extinção da punição. Os advogados que o representavam deixaram a defesa após descobrirem a farsa, e ele já contratou um novo representante.
Agora, será avaliado se ele pode aguardar o julgamento do processo que está no STJ em liberdade, considerando que estava portando um documento falso no momento da prisão.
Arnaldo está preso na Bahia e responderá por falsificação de documento, além das condenações anteriores.

Arnaldo simulou a própria morte para enganar a Justiça
Um ex-auditor fiscal da Prefeitura de São Paulo, condenado por corrupção, foi preso na última quarta-feira (15) em Mucuri, no sul da Bahia, após pagar R$ 45 mil por uma certidão de óbito falsa para escapar da prisão. As informações são do Fantástico.
Arnaldo Augusto Pereira, que vivia na cidade desde 2021, viajou cerca de 13 horas até Salvador (BA) para obter o documento, apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) como prova de sua suposta morte.
Arnaldo foi subsecretário de arrecadação de São Paulo entre 2007 e 2009 e é apontado como integrante da chamada Máfia dos Fiscais do ISS, esquema que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão.
Segundo o Ministério Público, Arnaldo recebeu cerca de R$ 5 milhões de fiscais envolvidos em cobranças ilegais a construtoras.
Em 2012, quando era secretário de Planejamento em Santo André (SP), foi acusado de receber mais de R$ 1 milhão para liberar a construção de um condomínio residencial. Pelos crimes, foi condenado a 43 anos de prisão, 23 anos pelo caso do ISS, 13 por propina em Santo André e 07 por lavagem de dinheiro. Todas as decisões ainda cabem recurso.
Plano de fuga
Temendo ser preso em definitivo, Arnaldo elaborou um plano para forjar a própria morte. Segundo ele, pagou R$ 45 mil em dinheiro por uma certidão verdadeira, emitida irregularmente por um cartório de Salvador.
Ele afirmou ter tido contato com uma pessoa que vende esse tipo de documento e que criou um e-mail falsificado da esposa para facilitar a situação. Sua esposa não sabe que ele está morto.
O documento foi enviado por um advogado ao STJ, que chegou a determinar a extinção de uma das penas de Arnaldo, referente ao caso de Santo André. A certidão possuía um QR code que, segundo ele, indicava autenticidade.
A suposta morte levantou desconfiança entre promotores de São Paulo, que notaram a discrepância entre a vida de Arnaldo e as informações contidas no documento. Um funcionário do cemitério de Cachoeira (BA), onde supostamente ele teria sido enterrado, confirmou que não havia registros de sepultamento.
O médico que assinou o atestado admitiu ter validado o documento à distância, algo proibido por lei.
Prisão e novo processo
Após a fraude ser descoberta, a polícia localizou Arnaldo em uma casa em Mucuri. Ele tentou fugir ao perceber a presença de agentes disfarçados, mas foi detido. O ex-auditor admitiu sentir constrangimento e reconheceu seus erros.
Os promotores informaram que Arnaldo utilizou a certidão de óbito em processos de sequestro de bens, buscando recuperar patrimônio que estava sob apreensão.
Situação judicial
O STJ informou que vai analisar o caso na próxima terça-feira (21) para reverter a extinção da punição. Os advogados que o representavam deixaram a defesa após descobrirem a farsa, e ele já contratou um novo representante.
Agora, será avaliado se ele pode aguardar o julgamento do processo que está no STJ em liberdade, considerando que estava portando um documento falso no momento da prisão.
Arnaldo está preso na Bahia e responderá por falsificação de documento, além das condenações anteriores.