
A operação revelou um esquema de descontos não autorizados
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS realiza nesta terça-feira (28) uma nova audiência para apurar suspeitas de fraudes em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas.
O principal depoente será o empresário Domingos Sávio de Castro, identificado como procurador da Abapen (Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação) e sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, na empresa ACDS Call Center.
A comissão, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos), foi criada para investigar falhas na gestão previdenciária, omissões de ex-dirigentes do INSS e esquemas operados por associações que promoveram descontos indevidos em benefícios de aposentados.
O relator, deputado Alfredo Gaspar (União), afirmou que a oitiva busca “mapear conexões financeiras e operacionais entre as entidades e os responsáveis pelos repasses”.
As apurações da CPMI mostram que Castro mantinha relações financeiras com organizações envolvidas nas transferências de recursos a Antunes.
Entre as movimentações identificadas, consta o envio de R$ 540,5 mil da Abrasprev (Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social), uma das entidades citadas na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.
A operação revelou um esquema de descontos não autorizados que, segundo as investigações, movimentou bilhões de reais e afetou milhares de beneficiários desde 2022.
O foco da comissão está na identificação de quem se beneficiou diretamente dos repasses e na apuração da estrutura de empresas e associações utilizadas para realizar as cobranças.
Além de Castro, também foi convocado Henrique Traugott Binder Galvão, piloto que realizou voos em aeronaves vinculadas a Silas da Costa Vaz, ligado à Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).
A oitiva de Galvão tem o objetivo de esclarecer eventuais conexões logísticas e financeiras entre o grupo de Vaz e entidades que figuram no inquérito.
Desde o início dos trabalhos, a CPMI tem concentrado esforços em reconstituir a rede de intermediações que permitiu a aplicação dos descontos em aposentadorias.
Sessões anteriores
As sessões anteriores reuniram ex-presidentes do INSS e empresários citados nas investigações, entre eles Maurício Camisotti e Fernando Cavalcanti, que prestaram esclarecimentos sobre contratos, convênios e fluxos financeiros.
Os parlamentares também examinam omissões de gestão e falhas de controle interno que teriam possibilitado a manutenção dos débitos automáticos em benefícios, mesmo sem autorização formal dos titulares.
A comissão deve consolidar as informações obtidas nas oitivas em um relatório preliminar, com recomendações de medidas administrativas e eventuais encaminhamentos ao Ministério Público.

A operação revelou um esquema de descontos não autorizados
A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS realiza nesta terça-feira (28) uma nova audiência para apurar suspeitas de fraudes em descontos associativos aplicados a aposentados e pensionistas.
O principal depoente será o empresário Domingos Sávio de Castro, identificado como procurador da Abapen (Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação) e sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, na empresa ACDS Call Center.
A comissão, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos), foi criada para investigar falhas na gestão previdenciária, omissões de ex-dirigentes do INSS e esquemas operados por associações que promoveram descontos indevidos em benefícios de aposentados.
O relator, deputado Alfredo Gaspar (União), afirmou que a oitiva busca “mapear conexões financeiras e operacionais entre as entidades e os responsáveis pelos repasses”.
As apurações da CPMI mostram que Castro mantinha relações financeiras com organizações envolvidas nas transferências de recursos a Antunes.
Entre as movimentações identificadas, consta o envio de R$ 540,5 mil da Abrasprev (Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social), uma das entidades citadas na Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União.
A operação revelou um esquema de descontos não autorizados que, segundo as investigações, movimentou bilhões de reais e afetou milhares de beneficiários desde 2022.
O foco da comissão está na identificação de quem se beneficiou diretamente dos repasses e na apuração da estrutura de empresas e associações utilizadas para realizar as cobranças.
Além de Castro, também foi convocado Henrique Traugott Binder Galvão, piloto que realizou voos em aeronaves vinculadas a Silas da Costa Vaz, ligado à Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais).
A oitiva de Galvão tem o objetivo de esclarecer eventuais conexões logísticas e financeiras entre o grupo de Vaz e entidades que figuram no inquérito.
Desde o início dos trabalhos, a CPMI tem concentrado esforços em reconstituir a rede de intermediações que permitiu a aplicação dos descontos em aposentadorias.
Sessões anteriores
As sessões anteriores reuniram ex-presidentes do INSS e empresários citados nas investigações, entre eles Maurício Camisotti e Fernando Cavalcanti, que prestaram esclarecimentos sobre contratos, convênios e fluxos financeiros.
Os parlamentares também examinam omissões de gestão e falhas de controle interno que teriam possibilitado a manutenção dos débitos automáticos em benefícios, mesmo sem autorização formal dos titulares.
A comissão deve consolidar as informações obtidas nas oitivas em um relatório preliminar, com recomendações de medidas administrativas e eventuais encaminhamentos ao Ministério Público.
