
Registro do momento do acidente
Quase um mês depois de provocar um acidente com uma BMW na Dutra, que resultou na morte de um jovem de 20 anos, Heitor Rabelo Stetner foi preso em São José dos Campos (SP), nesta quarta-feira (22).
Segundo a investigação, Stetner dirigia a BMW a 160 km/h, em um trecho com limite de 90 km/h no momento do acidente. Após a batida, que envolveu um carro de aplicativo, ele não quis fazer teste do bafômetro e foi liberado.
A investigação inicialmente indicava o crime de homicídio culposo, sem a intenção de matar, mas passou para doloso, com dolo eventual. Ele deve ficar preso, inicialmente, por 30 dias.
Como foi o acidente
No dia 28 de setembro, Stetner ingeriu bebida alcoólica, segundo a polícia. A investigação apurou que ele gastou cerca de R$ 2,5 mil em bebidas e foi para um motel, com duas mulheres.
A polícia disse que viu nas imagens ele chegando ao motel sem camisa. Depois de 20 minutos, saiu do local, sem as duas mulheres.
Ao entrar na Dutra, em alta velocidade, bateu na traseira de um Honda Fit em que Matheus estava.
Sem cinto, ele foi arremessado para a pista e atropelado por um terceiro veículo.
Ainda segundo a polícia, as duas mulheres confirmaram que o motorista estava embriagado depois de beber três doses de whisky e uma garrafa de champanhe.
Advogado diz que fatos foram deturpados
Durante a apuração policial, 14 pessoas foram ouvidas.
Em nota ao iG, o advogado do motorista disse que irá tentar a revogação da prisão, que considera ilegal:
“A defesa entende que a prisão é ilegal, pois não estão presentes os requisitos legais para sua decretação, razão pela qual serão adotadas as medidas cabíveis para a sua revogação. No dia dos fatos, o investigado permaneceu no local, colaborando integralmente com os procedimentos, compareceu espontaneamente à delegacia de polícia e se submeteu a exame clínico, o qual comprovou que não estava embriagado.”
O delegado titular do 1° Distrito Policial de São José dos Campos, Reinaldo Checa, disse que o motorista não quis fazer o teste do bafômetro.
“Eu não tenho a menor dúvida de que ele cometeu um homicídio doloso, a partir do momento que se embriaga e dirige em alta velocidade. Temos provas robustas (contra o motorista).”
Segundo o advogado Cristiano Joukhadar, que defende o motorista, a investigação deturpou os fatos. Ele disse que “a verdade será restabelecida no curso do processo.”
“Meu filho não volta”
“A gente precisa mostrar para as pessoas que nem sempre vai ficar impune. Isso causou um transtorno na minha vida, na vida do meu filho, de somente 20 anos, que tinha tantos planos pela frente.”
Isabela Helfstein, mãe de Matheus, declarou que a prisão é a primeira parte da justiça por seu filho. E pediu por conscientização:
“A lei é zero álcool,” disse, em entrevista ao Life Informa.
Segundo o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga), o Estado registrou 6.099 mortes no trânsito em 2024, uma média de uma pessoa por dia.
A multa por dirigir bêbado é de R$ 2.934,70, além da suspensão da CNH por 12 meses. Em casos em que a embriaguez resulta em morte, a pena vai de cinco a oito anos de prisão e suspensão definitiva da Carteira de Habilitação.

Registro do momento do acidente
Quase um mês depois de provocar um acidente com uma BMW na Dutra, que resultou na morte de um jovem de 20 anos, Heitor Rabelo Stetner foi preso em São José dos Campos (SP), nesta quarta-feira (22).
Segundo a investigação, Stetner dirigia a BMW a 160 km/h, em um trecho com limite de 90 km/h no momento do acidente. Após a batida, que envolveu um carro de aplicativo, ele não quis fazer teste do bafômetro e foi liberado.
A investigação inicialmente indicava o crime de homicídio culposo, sem a intenção de matar, mas passou para doloso, com dolo eventual. Ele deve ficar preso, inicialmente, por 30 dias.
Como foi o acidente
No dia 28 de setembro, Stetner ingeriu bebida alcoólica, segundo a polícia. A investigação apurou que ele gastou cerca de R$ 2,5 mil em bebidas e foi para um motel, com duas mulheres.
A polícia disse que viu nas imagens ele chegando ao motel sem camisa. Depois de 20 minutos, saiu do local, sem as duas mulheres.
Ao entrar na Dutra, em alta velocidade, bateu na traseira de um Honda Fit em que Matheus estava.
Sem cinto, ele foi arremessado para a pista e atropelado por um terceiro veículo.
Ainda segundo a polícia, as duas mulheres confirmaram que o motorista estava embriagado depois de beber três doses de whisky e uma garrafa de champanhe.
Advogado diz que fatos foram deturpados
Durante a apuração policial, 14 pessoas foram ouvidas.
Em nota ao iG, o advogado do motorista disse que irá tentar a revogação da prisão, que considera ilegal:
“A defesa entende que a prisão é ilegal, pois não estão presentes os requisitos legais para sua decretação, razão pela qual serão adotadas as medidas cabíveis para a sua revogação. No dia dos fatos, o investigado permaneceu no local, colaborando integralmente com os procedimentos, compareceu espontaneamente à delegacia de polícia e se submeteu a exame clínico, o qual comprovou que não estava embriagado.”
O delegado titular do 1° Distrito Policial de São José dos Campos, Reinaldo Checa, disse que o motorista não quis fazer o teste do bafômetro.
“Eu não tenho a menor dúvida de que ele cometeu um homicídio doloso, a partir do momento que se embriaga e dirige em alta velocidade. Temos provas robustas (contra o motorista).”
Segundo o advogado Cristiano Joukhadar, que defende o motorista, a investigação deturpou os fatos. Ele disse que “a verdade será restabelecida no curso do processo.”
“Meu filho não volta”
“A gente precisa mostrar para as pessoas que nem sempre vai ficar impune. Isso causou um transtorno na minha vida, na vida do meu filho, de somente 20 anos, que tinha tantos planos pela frente.”
Isabela Helfstein, mãe de Matheus, declarou que a prisão é a primeira parte da justiça por seu filho. E pediu por conscientização:
“A lei é zero álcool,” disse, em entrevista ao Life Informa.
Segundo o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga), o Estado registrou 6.099 mortes no trânsito em 2024, uma média de uma pessoa por dia.
A multa por dirigir bêbado é de R$ 2.934,70, além da suspensão da CNH por 12 meses. Em casos em que a embriaguez resulta em morte, a pena vai de cinco a oito anos de prisão e suspensão definitiva da Carteira de Habilitação.