
De acordo com o MP-SP, Ana Paula era a principal executora dos envenenamentos
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou as irmãs gêmeas Ana Paula Veloso Fernandes e Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35 anos, por quatro homicídios triplamente qualificados cometidos entre janeiro e maio deste ano.
As mortes ocorreram nas cidades de Guarulhos e São Paulo e em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
As investigações apontam que as duas atuavam em conjunto, utilizando veneno à base de fosfeto de alumínio, conhecido como “chumbinho”, em alimentos e bebidas.
De acordo com o MP-SP, Ana Paula era a principal executora dos envenenamentos, enquanto Roberta participava do planejamento, orientava a irmã a evitar rastros e colaborava com o acobertamento dos crimes.
As duas estão presas preventivamente e respondem a quatro acusações de homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e, em um dos casos, vítima idosa.
O caso começou a ser reexaminado pela Polícia Civil de São Paulo em julho de 2025, quando Ana Paula foi detida por tentativa de envenenamento de colegas de faculdade em Guarulhos.
Durante as apurações, a polícia identificou semelhanças entre esse episódio e mortes anteriores nas quais a estudante de Direito havia se envolvido.
As mensagens recuperadas no celular de Roberta indicaram o planejamento conjunto das ações e o interesse financeiro nas vítimas.
O primeiro crime ocorreu em 31 de janeiro, quando Marcelo Hari Fonseca, proprietário do imóvel alugado pelas irmãs em Guarulhos, foi encontrado morto após ingerir um sanduíche contaminado com veneno. O corpo foi localizado dias depois, já em decomposição inicial.
Segundo a investigação, Roberta permaneceu no local durante esse período. As duas teriam planejado o homicídio para continuar morando no imóvel sem pagar aluguel.
Em abril, a segunda vítima, Maria Aparecida Rodrigues, conhecida por Ana Paula em um aplicativo de relacionamento, morreu após ingerir alimentos e bebidas envenenadas.
O MP afirma que o crime teve motivação de vingança, com tentativa de envolver um policial em uma falsa acusação. O corpo foi exumado e submetido a exames toxicológicos.
No mesmo mês, em 26 de abril, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, foi envenenado em Duque de Caxias. Ele era pai de Michelle Paiva da Silva, colega de faculdade de Ana Paula.
Segundo o MP-SP, Michelle teria pago R$ 4 mil às gêmeas para matar o pai e antecipar a herança. A execução ocorreu durante um almoço, conhecido nas investigações como a “feijoada da serial killer”.
Ana Paula viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro para cometer o crime, enquanto Roberta auxiliou no planejamento e orientou sobre a destruição de provas.
O último homicídio confirmado aconteceu em 23 de maio, em São Paulo, contra o tunisiano Hayder Mhazres, de 21 anos, com quem Ana Paula mantinha relacionamento recente. O envenenamento ocorreu após a vítima recusar um pedido de casamento.
As investigações apontam que Ana Paula fingiu estar grávida e usou a morte como meio de obter ganhos financeiros. Roberta teria incentivado a execução.
As análises de laudos e exumações confirmaram a presença de substâncias tóxicas compatíveis com “chumbinho” em pelo menos três corpos.
A polícia também apura duas mortes adicionais, ainda não confirmadas como relacionadas às suspeitas.
Além dos homicídios, Ana Paula admitiu ter envenenado animais, incluindo 14 cães, sendo dez de Roberta e quatro de seu ex-marido.
Três filhotes foram resgatados pela prefeitura de Guarulhos e colocados para adoção.
O MP indicou que, caso os fatos sejam comprovados, as irmãs responderão também por maus-tratos a animais, conforme o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais.
As investigações identificaram um padrão de aproximação das vítimas por amizade ou romance, seguido pelo oferecimento de alimentos contaminados e posterior tentativa de obter vantagens financeiras.
Em todas as situações, Ana Paula esteve presente nas cenas das mortes, chegando a acionar a polícia em alguns casos para disfarçar a autoria.
O processo judicial segue em curso
Ana Paula é ré desde setembro, e Roberta desde segunda, após a conversão de suas prisões temporárias em preventivas.
O MP-SP solicitou indenização mínima de R$ 20 mil às famílias das vítimas e apura a existência de associação criminosa entre as acusadas.
A colega Michelle Paiva segue presa temporariamente e aguarda eventual denúncia por homicídio qualificado, relacionada à morte do pai.
As audiências de custódia e o julgamento das gêmeas ainda não têm data marcada.
O Ministério Público mantém abertas as investigações para identificar outras possíveis vítimas das irmãs Veloso Fernandes.

De acordo com o MP-SP, Ana Paula era a principal executora dos envenenamentos
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) denunciou as irmãs gêmeas Ana Paula Veloso Fernandes e Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35 anos, por quatro homicídios triplamente qualificados cometidos entre janeiro e maio deste ano.
As mortes ocorreram nas cidades de Guarulhos e São Paulo e em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
As investigações apontam que as duas atuavam em conjunto, utilizando veneno à base de fosfeto de alumínio, conhecido como “chumbinho”, em alimentos e bebidas.
De acordo com o MP-SP, Ana Paula era a principal executora dos envenenamentos, enquanto Roberta participava do planejamento, orientava a irmã a evitar rastros e colaborava com o acobertamento dos crimes.
As duas estão presas preventivamente e respondem a quatro acusações de homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, meio cruel e, em um dos casos, vítima idosa.
O caso começou a ser reexaminado pela Polícia Civil de São Paulo em julho de 2025, quando Ana Paula foi detida por tentativa de envenenamento de colegas de faculdade em Guarulhos.
Durante as apurações, a polícia identificou semelhanças entre esse episódio e mortes anteriores nas quais a estudante de Direito havia se envolvido.
As mensagens recuperadas no celular de Roberta indicaram o planejamento conjunto das ações e o interesse financeiro nas vítimas.
O primeiro crime ocorreu em 31 de janeiro, quando Marcelo Hari Fonseca, proprietário do imóvel alugado pelas irmãs em Guarulhos, foi encontrado morto após ingerir um sanduíche contaminado com veneno. O corpo foi localizado dias depois, já em decomposição inicial.
Segundo a investigação, Roberta permaneceu no local durante esse período. As duas teriam planejado o homicídio para continuar morando no imóvel sem pagar aluguel.
Em abril, a segunda vítima, Maria Aparecida Rodrigues, conhecida por Ana Paula em um aplicativo de relacionamento, morreu após ingerir alimentos e bebidas envenenadas.
O MP afirma que o crime teve motivação de vingança, com tentativa de envolver um policial em uma falsa acusação. O corpo foi exumado e submetido a exames toxicológicos.
No mesmo mês, em 26 de abril, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, foi envenenado em Duque de Caxias. Ele era pai de Michelle Paiva da Silva, colega de faculdade de Ana Paula.
Segundo o MP-SP, Michelle teria pago R$ 4 mil às gêmeas para matar o pai e antecipar a herança. A execução ocorreu durante um almoço, conhecido nas investigações como a “feijoada da serial killer”.
Ana Paula viajou de São Paulo ao Rio de Janeiro para cometer o crime, enquanto Roberta auxiliou no planejamento e orientou sobre a destruição de provas.
O último homicídio confirmado aconteceu em 23 de maio, em São Paulo, contra o tunisiano Hayder Mhazres, de 21 anos, com quem Ana Paula mantinha relacionamento recente. O envenenamento ocorreu após a vítima recusar um pedido de casamento.
As investigações apontam que Ana Paula fingiu estar grávida e usou a morte como meio de obter ganhos financeiros. Roberta teria incentivado a execução.
As análises de laudos e exumações confirmaram a presença de substâncias tóxicas compatíveis com “chumbinho” em pelo menos três corpos.
A polícia também apura duas mortes adicionais, ainda não confirmadas como relacionadas às suspeitas.
Além dos homicídios, Ana Paula admitiu ter envenenado animais, incluindo 14 cães, sendo dez de Roberta e quatro de seu ex-marido.
Três filhotes foram resgatados pela prefeitura de Guarulhos e colocados para adoção.
O MP indicou que, caso os fatos sejam comprovados, as irmãs responderão também por maus-tratos a animais, conforme o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais.
As investigações identificaram um padrão de aproximação das vítimas por amizade ou romance, seguido pelo oferecimento de alimentos contaminados e posterior tentativa de obter vantagens financeiras.
Em todas as situações, Ana Paula esteve presente nas cenas das mortes, chegando a acionar a polícia em alguns casos para disfarçar a autoria.
O processo judicial segue em curso
Ana Paula é ré desde setembro, e Roberta desde segunda, após a conversão de suas prisões temporárias em preventivas.
O MP-SP solicitou indenização mínima de R$ 20 mil às famílias das vítimas e apura a existência de associação criminosa entre as acusadas.
A colega Michelle Paiva segue presa temporariamente e aguarda eventual denúncia por homicídio qualificado, relacionada à morte do pai.
As audiências de custódia e o julgamento das gêmeas ainda não têm data marcada.
O Ministério Público mantém abertas as investigações para identificar outras possíveis vítimas das irmãs Veloso Fernandes.
