Conexao1
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Esportes
  • Entretenimento
  • Economia
  • Conexão Política
  • Tecnologia
  • Gastronomia
  • Automobilismo
Conexao1
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Nenhum resultado
Ver todos os resultados

Petróleo na Foz do Amazonas ameaça diplomacia climática do Brasil

por Conexão1
21/10/25 | 09:16
em Cotidiano
Estatal recebe aval do Ibama para perfurar primeiro poço na Foz do Amazonas
Vinicius Pereira

Estatal recebe aval do Ibama para perfurar primeiro poço na Foz do Amazonas

A decisão de liberar a exploração de petróleo na Margem Equatorial expõe o Brasil a sua própria contradição climática. O país, que tenta se apresentar ao mundo como potência verde, aposta, ao mesmo tempo, em uma nova fronteira de extração fóssil na Foz do Amazonas, em uma decisão que mistura cálculo econômico, pressão política e urgência fiscal.

A poucas semanas da Conferência da ONU sobre o Clima em Belém, a COP30, o gesto reconfigura a narrativa que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretendia vender como exemplo de liderança ambiental. Agora, o desafio é convencer o mundo de que é possível financiar o futuro explorando uma fonte de recursos e energia que, em algum momento, foi vista como do passado.

Os detalhes do anúncio

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20/10) que recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a licença de operação para perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-059, na Margem Equatorial, em águas profundas do estado do Amapá. O ponto fica a cerca de 500 quilômetros da Foz do Amazonas e a 175 quilômetros da costa.

Segundo a estatal, a sonda já está posicionada e a perfuração começa imediatamente, com duração prevista de cinco meses – um passo que marca o início efetivo da exploração de petróleo na região mais sensível da costa norte brasileira, após anos de discussão sobre os possíveis impactos ambientais no local.

Autorização polêmica

A nova fronteira de exploração de petróleo, contudo, é polêmica e teria sido autorizada após pressões de políticos do Norte do país, que desejariam aumentar a arrecadação, e da própria petroleira. A autorização contrasta com agenda verde do terceiro governo de Lula, que busca colocar o Brasil como líder da proteção ambiental no mundo.

O auge dessa agenda verde será a COP30, que começa em 10 de novembro. O evento reunirá chefes de Estado e de governo, cientistas, diplomatas e representantes da sociedade civil de quase 200 países para negociar novas metas de redução de emissões para conter o aquecimento global, além de abordar o financiamento climático global.

Para o Brasil, sediar a conferência é mais que uma conquista diplomática, é a chance de reafirmar seu papel de liderança ambiental, apresentar resultados concretos na preservação da Amazônia e consolidar o discurso de que o país pode ser, ao mesmo tempo, potência energética e climática.

Para Niemeyer, porém, a decisão de liberar a exploração do petróleo na região pode enfraquecer a liderança brasileira nas negociações climáticas, principalmente em relação a países europeus.

Apesar do peso geopolítico com parceiros antigos, como a União Europeia (UE), o Brasil não foge da tônica enfrentada pelos países da região e até mesmo dos interesses econômicos dos Estados Unidos por aqui.

Disputa entre economia e meio ambiente?

Além da possível sombra sobre a diplomacia climática brasileira, ambientalistas afirmam que a decisão complica a liderança do país no tema e deve agravar os desafios climáticos enfrentados.

Para Carlos Nobre, copresidente do Painel Científico para a Amazônia, a floresta se aproxima de um ponto de não retorno, que poderá ser atingido de forma irreversível se o aquecimento global chegar a 2 °C e o desmatamento superar 20% de sua área.

Para Paulo Feldmann, professor de economia da FIA Business School, a COP era a oportunidade para o Brasil firmar uma liderança, se mostrar como um líder crível na transição energética e na adoção de medidas que vão atenuar os efeitos negativos da emissão de CO2, atraindo, inclusive, novas empresas para o país, aproveitando as benesses de ser ambientalmente responsável.

Agentes do mercado financeiro viram a autorização para a exploração com bons olhos, no entanto. Segundo a casa de análises Ativa Research, as reservas da Petrobras, fontes do maior produto exportado pelo país atualmente, têm um horizonte de cerca de dez anos apenas, tornando o início da exploração na Margem Equatorial estratégica para o longo prazo.

Leia também

Pedágio da BR-040/495 pode chegar a R$ 21; entenda

Pessoas com deficiência visual voltam a ler com implante ocular

Metrô alerta para falsos avisos de desapropriação

Estatal recebe aval do Ibama para perfurar primeiro poço na Foz do Amazonas
Vinicius Pereira

Estatal recebe aval do Ibama para perfurar primeiro poço na Foz do Amazonas

A decisão de liberar a exploração de petróleo na Margem Equatorial expõe o Brasil a sua própria contradição climática. O país, que tenta se apresentar ao mundo como potência verde, aposta, ao mesmo tempo, em uma nova fronteira de extração fóssil na Foz do Amazonas, em uma decisão que mistura cálculo econômico, pressão política e urgência fiscal.

A poucas semanas da Conferência da ONU sobre o Clima em Belém, a COP30, o gesto reconfigura a narrativa que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretendia vender como exemplo de liderança ambiental. Agora, o desafio é convencer o mundo de que é possível financiar o futuro explorando uma fonte de recursos e energia que, em algum momento, foi vista como do passado.

Os detalhes do anúncio

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (20/10) que recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a licença de operação para perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-059, na Margem Equatorial, em águas profundas do estado do Amapá. O ponto fica a cerca de 500 quilômetros da Foz do Amazonas e a 175 quilômetros da costa.

Segundo a estatal, a sonda já está posicionada e a perfuração começa imediatamente, com duração prevista de cinco meses – um passo que marca o início efetivo da exploração de petróleo na região mais sensível da costa norte brasileira, após anos de discussão sobre os possíveis impactos ambientais no local.

Autorização polêmica

A nova fronteira de exploração de petróleo, contudo, é polêmica e teria sido autorizada após pressões de políticos do Norte do país, que desejariam aumentar a arrecadação, e da própria petroleira. A autorização contrasta com agenda verde do terceiro governo de Lula, que busca colocar o Brasil como líder da proteção ambiental no mundo.

O auge dessa agenda verde será a COP30, que começa em 10 de novembro. O evento reunirá chefes de Estado e de governo, cientistas, diplomatas e representantes da sociedade civil de quase 200 países para negociar novas metas de redução de emissões para conter o aquecimento global, além de abordar o financiamento climático global.

Para o Brasil, sediar a conferência é mais que uma conquista diplomática, é a chance de reafirmar seu papel de liderança ambiental, apresentar resultados concretos na preservação da Amazônia e consolidar o discurso de que o país pode ser, ao mesmo tempo, potência energética e climática.

Para Niemeyer, porém, a decisão de liberar a exploração do petróleo na região pode enfraquecer a liderança brasileira nas negociações climáticas, principalmente em relação a países europeus.

Apesar do peso geopolítico com parceiros antigos, como a União Europeia (UE), o Brasil não foge da tônica enfrentada pelos países da região e até mesmo dos interesses econômicos dos Estados Unidos por aqui.

Disputa entre economia e meio ambiente?

Além da possível sombra sobre a diplomacia climática brasileira, ambientalistas afirmam que a decisão complica a liderança do país no tema e deve agravar os desafios climáticos enfrentados.

Para Carlos Nobre, copresidente do Painel Científico para a Amazônia, a floresta se aproxima de um ponto de não retorno, que poderá ser atingido de forma irreversível se o aquecimento global chegar a 2 °C e o desmatamento superar 20% de sua área.

Para Paulo Feldmann, professor de economia da FIA Business School, a COP era a oportunidade para o Brasil firmar uma liderança, se mostrar como um líder crível na transição energética e na adoção de medidas que vão atenuar os efeitos negativos da emissão de CO2, atraindo, inclusive, novas empresas para o país, aproveitando as benesses de ser ambientalmente responsável.

Agentes do mercado financeiro viram a autorização para a exploração com bons olhos, no entanto. Segundo a casa de análises Ativa Research, as reservas da Petrobras, fontes do maior produto exportado pelo país atualmente, têm um horizonte de cerca de dez anos apenas, tornando o início da exploração na Margem Equatorial estratégica para o longo prazo.

Comentar
Continua após a publicidade
Continua após a publicidade

Conexão1

  • Agronegócio
  • Automobilismo
  • Cotidiano
  • Economia
  • Entretenimento
  • Esportes
  • Gastronomia
  • Internacional
  • Notícias da TV
  • Política
  • Saúde & Bem-Estar
  • Tecnologia
  • Turismo e Viagem

Estados

  • Acre
  • Alagoas
  • Amapá
  • Amazonas
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Maranhão
  • Mato Grosso
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais
  • Pará
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Piauí
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul
  • Rondônia
  • Roraima
  • Santa Catarina
  • São Paulo
  • Sergipe
  • Tocantins

Esportes

  • Atletismo
  • Basquete
  • eSports
  • Fórmula 1
  • Futebol
  • Futsal
  • Olimpíadas

Entretenimento

  • Assista ao Vivo
  • Cinema
  • Documentários
  • Filmes
  • Novelas
  • Séries
  • Música
  • Notícias da TV
  • Reality Shows

Gastronomia

  • Alimentação e saúde
  • Almoço
  • Bolos
  • Café da manhã
  • Doces e Sobremesas
  • Fitness
  • Jantar
  • Lanche da Tarde

Copyright © 2024 Conexão1. Todos os direitos reservados.

Conexao1
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Conexão1
  • Cotidiano
  • Esportes
  • Entretenimento
  • +55invest
  • Conexão Política
  • Tecnologia
  • Gastronomia
  • Automobilismo
  • Agronegócio
  • Mundo Nerd

Copyright © 2024 Conexão1. Todos os direitos reservados.