
María Corina Machado liderou protestos contra a vitória de Maduro em 2024
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi anunciada nesta sexta-feira (10) como a vencedora do Nobel da Paz de 2025, segundo o Comitê Norueguês do Nobel. O reconhecimento destaca sua luta incansável pela democracia e pelos direitos do povo venezuelano, além de sua atuação como símbolo de coragem e resistência em meio à escuridão crescente.
Engenheira e ex-deputada, María Corina é uma das principais vozes contra o regime de Nicolás Maduro. Ela foi impedida de concorrer à Presidência e, desde 2024, vive escondida, após apontar uma suposta fraude nas eleições que garantiram um novo mandato ao atual líder venezuelano.
O presidente do comitê, Jørgen Watne Frydnes, disse que espera vê-la na cerimônia de entrega do prêmio em dezembro, mas reconheceu que sua segurança é motivo de preocupação. Ele declarou que espera que o prêmio apoie sua causa, e não a limite.
O comunicado destacou que a democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem.
Da engenharia à política
Nascida em 1967, em Caracas, María Corina se formou em Engenharia Industrial e possui especialização em Finanças. Atuou no setor privado antes de se dedicar à política e à defesa dos direitos civis.
Em 1992, fundou a Fundação Atenea, voltada ao acolhimento e educação de crianças em situação de rua. Dez anos depois, ajudou a criar a Súmate, organização que promove eleições livres e transparentes. O grupo foi responsável por coletar mais de 4 milhões de assinaturas que abriram caminho para o referendo revogatório de 2004, contra o então presidente Hugo Chávez.
Eleita deputada em 2010 com votação recorde, foi expulsa da Assembleia Nacional em 2014, acusada de “traição à pátria” por denunciar abusos do governo chavista em fóruns internacionais.
Confrontos com o chavismo
María Corina teve embates diretos com Chávez e Maduro. Em 2005, foi fotografada na Casa Branca ao lado do então presidente americano George W. Bush, episódio que a transformou em alvo do regime venezuelano.
Já em 2012, durante um discurso de Chávez na Assembleia Nacional, interrompeu o presidente com a frase que marcaria sua trajetória: “Expropriar é roubar”.

María Corina encabeça manifestações na Venezuela
Dois anos depois, em 2014, liderou os protestos conhecidos como “La Salida”, que pediam o fim do regime e resultaram em mais de 40 mortos.
Eleições de 2024
Após anos afastada das urnas, María Corina venceu as primárias da oposição em 2023, com mais de 90% dos votos. Era favorita para derrotar Maduro, mas foi inabilitada por 15 anos pelo Supremo Tribunal de Justiça, sob alegações de corrupção ligadas ao governo interino de Juan Guaidó.
Mesmo impedida, apoiou o diplomata Edmundo González Urrutia, cuja vitória – segundo a oposição – foi roubada pelo regime. A repressão levou María Corina e parte de sua equipe a se esconderem, após prisões e perseguições de aliados.
Em agosto de 2024, ela publicou no Wall Street Journal uma carta intitulada “Posso provar que Maduro foi derrotado”, em que afirma ter provas de fraude e declara viver temendo pela vida e pela liberdade.

María Corina Machado liderou protestos contra a vitória de Maduro em 2024
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi anunciada nesta sexta-feira (10) como a vencedora do Nobel da Paz de 2025, segundo o Comitê Norueguês do Nobel. O reconhecimento destaca sua luta incansável pela democracia e pelos direitos do povo venezuelano, além de sua atuação como símbolo de coragem e resistência em meio à escuridão crescente.
Engenheira e ex-deputada, María Corina é uma das principais vozes contra o regime de Nicolás Maduro. Ela foi impedida de concorrer à Presidência e, desde 2024, vive escondida, após apontar uma suposta fraude nas eleições que garantiram um novo mandato ao atual líder venezuelano.
O presidente do comitê, Jørgen Watne Frydnes, disse que espera vê-la na cerimônia de entrega do prêmio em dezembro, mas reconheceu que sua segurança é motivo de preocupação. Ele declarou que espera que o prêmio apoie sua causa, e não a limite.
O comunicado destacou que a democracia é uma condição prévia para a paz duradoura. Quando líderes autoritários tomam o poder, é essencial reconhecer os defensores da liberdade que se erguem e resistem.
Da engenharia à política
Nascida em 1967, em Caracas, María Corina se formou em Engenharia Industrial e possui especialização em Finanças. Atuou no setor privado antes de se dedicar à política e à defesa dos direitos civis.
Em 1992, fundou a Fundação Atenea, voltada ao acolhimento e educação de crianças em situação de rua. Dez anos depois, ajudou a criar a Súmate, organização que promove eleições livres e transparentes. O grupo foi responsável por coletar mais de 4 milhões de assinaturas que abriram caminho para o referendo revogatório de 2004, contra o então presidente Hugo Chávez.
Eleita deputada em 2010 com votação recorde, foi expulsa da Assembleia Nacional em 2014, acusada de “traição à pátria” por denunciar abusos do governo chavista em fóruns internacionais.
Confrontos com o chavismo
María Corina teve embates diretos com Chávez e Maduro. Em 2005, foi fotografada na Casa Branca ao lado do então presidente americano George W. Bush, episódio que a transformou em alvo do regime venezuelano.
Já em 2012, durante um discurso de Chávez na Assembleia Nacional, interrompeu o presidente com a frase que marcaria sua trajetória: “Expropriar é roubar”.

María Corina encabeça manifestações na Venezuela
Dois anos depois, em 2014, liderou os protestos conhecidos como “La Salida”, que pediam o fim do regime e resultaram em mais de 40 mortos.
Eleições de 2024
Após anos afastada das urnas, María Corina venceu as primárias da oposição em 2023, com mais de 90% dos votos. Era favorita para derrotar Maduro, mas foi inabilitada por 15 anos pelo Supremo Tribunal de Justiça, sob alegações de corrupção ligadas ao governo interino de Juan Guaidó.
Mesmo impedida, apoiou o diplomata Edmundo González Urrutia, cuja vitória – segundo a oposição – foi roubada pelo regime. A repressão levou María Corina e parte de sua equipe a se esconderem, após prisões e perseguições de aliados.
Em agosto de 2024, ela publicou no Wall Street Journal uma carta intitulada “Posso provar que Maduro foi derrotado”, em que afirma ter provas de fraude e declara viver temendo pela vida e pela liberdade.