
Influenciador denuncia uso de plástico em glitter alimentício no Brasil
O influenciador Dario Centurione, do perfil Almanaque SOS, denunciou nesta segunda-feira (20) o uso de plástico em glitter vendido como comestível no Brasil. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele alertou que o produto contém polipropileno (PP) micronizado, material utilizado em embalagens, mas proibido como ingrediente de alimentos pela Anvisa.
A denúncia ganhou destaque após Centurione visitar uma padaria que utilizava o glitter em cupcakes e doces. Ele afirmou que a equipe do local acreditava que o produto era comestível, embora o rótulo indicasse o uso do plástico. “ Tem alimento no Brasil sendo vendido cujo o ingrediente é apenas plástico. Vamos conversar? ”, disse o influenciador.
Durante a gravação, Centurione mostrou a embalagem do glitter e leu a composição. “ Ingrediente PP micronizado. O PP é atóxico, ou seja, pode estar na embalagem, mas ele não é comestível, você não vai comer a embalagem ”, explicou. Ele reforçou que o produto é vendido como decorativo, mas é usado em alimentos consumidos pelo público.
O influenciador afirmou que entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pedir esclarecimentos. “ Eu já conversando com a Anvisa vai fazer uma semana já. Alguma coisa tá acontecendo, eles tão analisando, eu não posso falar o que tá rolando na Visa porque eles não responderam pra gente ”, contou.
O iG tentou contato com a Anvisa e com a Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ASNVS) para comentar o caso, mas até o momento não obteve respostas. Ao pesquisar a tabela de ingredientes de algumas marcas de glitter alimentício, o iG identificou embalagens semelhantes às apresentadas pelo influenciador, com PP descrito como único ingrediente. Além disso, alguns sites não listam os ingredientes do produto.
Anvisa permite uso de PP apenas em embalagens
O polipropileno (PP) é um termoplástico reciclável amplamente usado em embalagens, potes de alimentos, tampas de garrafas e utensílios domésticos. Ele é resistente ao calor, atóxico e livre de BPA, o que o torna seguro para contato indireto com alimentos, mas não para consumo direto.
A Anvisa autoriza o uso de PP em embalagens por meio da Resolução RDC 326/2019, que estabelece a lista positiva de aditivos e polímeros aprovados para contato com alimentos. No entanto, a agência não libera o uso do material como ingrediente alimentar. O polipropileno só pode atuar como barreira física de proteção, nunca como parte da composição do produto ingerido.
A agência também exige que as empresas notifiquem previamente o uso de polímeros recicláveis, como o PET, e comprovem que o material atende a todos os limites de segurança. Produtos com PP fora dessas normas podem ser considerados irregulares e representar risco à saúde.
Em seu vídeo, Centurione mostrou bolos e cupcakes com cobertura brilhante. “ O glitter comestível é vendido como comestível, só que ele é de plástico ”, afirmou. Ele destacou que funcionários de padarias acreditam estar oferecendo produtos seguros, sem saber que o brilho decorativo não deve ser ingerido.
O influenciador também ironizou a situação. “ Comestível com uma composição feito de pet, PP. Estamos comendo garrafas. Revolta das tartarugas ”, disse, em tom de alerta sobre os riscos ambientais e de saúde.
De acordo com a Anvisa, o uso de polímeros como PP só é permitido em materiais e revestimentos que entram em contato indireto com alimentos. O consumo direto de substâncias plásticas pode gerar acúmulo de micropartículas no organismo.
Centurione encerrou o vídeo pedindo mais rigor das autoridades. “ Não é culpa de quem vende, mas de quem libera. Isso aqui está sendo vendido como comestível, mas é plástico ”, concluiu.

Influenciador denuncia uso de plástico em glitter alimentício no Brasil
O influenciador Dario Centurione, do perfil Almanaque SOS, denunciou nesta segunda-feira (20) o uso de plástico em glitter vendido como comestível no Brasil. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele alertou que o produto contém polipropileno (PP) micronizado, material utilizado em embalagens, mas proibido como ingrediente de alimentos pela Anvisa.
A denúncia ganhou destaque após Centurione visitar uma padaria que utilizava o glitter em cupcakes e doces. Ele afirmou que a equipe do local acreditava que o produto era comestível, embora o rótulo indicasse o uso do plástico. “ Tem alimento no Brasil sendo vendido cujo o ingrediente é apenas plástico. Vamos conversar? ”, disse o influenciador.
Durante a gravação, Centurione mostrou a embalagem do glitter e leu a composição. “ Ingrediente PP micronizado. O PP é atóxico, ou seja, pode estar na embalagem, mas ele não é comestível, você não vai comer a embalagem ”, explicou. Ele reforçou que o produto é vendido como decorativo, mas é usado em alimentos consumidos pelo público.
O influenciador afirmou que entrou em contato com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pedir esclarecimentos. “ Eu já conversando com a Anvisa vai fazer uma semana já. Alguma coisa tá acontecendo, eles tão analisando, eu não posso falar o que tá rolando na Visa porque eles não responderam pra gente ”, contou.
O iG tentou contato com a Anvisa e com a Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ASNVS) para comentar o caso, mas até o momento não obteve respostas. Ao pesquisar a tabela de ingredientes de algumas marcas de glitter alimentício, o iG identificou embalagens semelhantes às apresentadas pelo influenciador, com PP descrito como único ingrediente. Além disso, alguns sites não listam os ingredientes do produto.
Anvisa permite uso de PP apenas em embalagens
O polipropileno (PP) é um termoplástico reciclável amplamente usado em embalagens, potes de alimentos, tampas de garrafas e utensílios domésticos. Ele é resistente ao calor, atóxico e livre de BPA, o que o torna seguro para contato indireto com alimentos, mas não para consumo direto.
A Anvisa autoriza o uso de PP em embalagens por meio da Resolução RDC 326/2019, que estabelece a lista positiva de aditivos e polímeros aprovados para contato com alimentos. No entanto, a agência não libera o uso do material como ingrediente alimentar. O polipropileno só pode atuar como barreira física de proteção, nunca como parte da composição do produto ingerido.
A agência também exige que as empresas notifiquem previamente o uso de polímeros recicláveis, como o PET, e comprovem que o material atende a todos os limites de segurança. Produtos com PP fora dessas normas podem ser considerados irregulares e representar risco à saúde.
Em seu vídeo, Centurione mostrou bolos e cupcakes com cobertura brilhante. “ O glitter comestível é vendido como comestível, só que ele é de plástico ”, afirmou. Ele destacou que funcionários de padarias acreditam estar oferecendo produtos seguros, sem saber que o brilho decorativo não deve ser ingerido.
O influenciador também ironizou a situação. “ Comestível com uma composição feito de pet, PP. Estamos comendo garrafas. Revolta das tartarugas ”, disse, em tom de alerta sobre os riscos ambientais e de saúde.
De acordo com a Anvisa, o uso de polímeros como PP só é permitido em materiais e revestimentos que entram em contato indireto com alimentos. O consumo direto de substâncias plásticas pode gerar acúmulo de micropartículas no organismo.
Centurione encerrou o vídeo pedindo mais rigor das autoridades. “ Não é culpa de quem vende, mas de quem libera. Isso aqui está sendo vendido como comestível, mas é plástico ”, concluiu.