Quem nunca freou assim que avistou o radar, atire a primeira pedra. No entanto, essa prática para evitar multas por excesso de velocidade está com os dias contados. Afinal, o radar conhecido como Doppler já está em operação e é capaz de detectar veículos acima do limite de velocidade mesmo a 100 metros de distância.
O aparelho emite ondas eletromagnéticas contínuas que, ao serem refletidas pelos veículos, mudam de frequência. Essa variação na frequência permite aferir a velocidade. A cobertura chega a quatro faixas, sem espaço para o desvio da frequência.
Esse tipo de radar também detecta outras infrações de trânsito, como passar no sinal vermelho, usar celular ao volante, fazer conversão proibida, trafegar na contramão e parar em cima da faixa de pedestres.
Os novos radares têm a vantagem sobre os modelos convencionais de não requererem a instalação de itens físicos no asfalto. Isso elimina a necessidade de obstrução da via para implantação e manutenção.
Os equipamentos estão homologados por uma portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Além disso, passam por aferição periódica, conforme resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Em atividade
Esse tipo de equipamento já existe em 24 estados do Brasil, monitorando cerca de 1.700 faixas com 730 radares em operação. Só na cidade de São Paulo, há sete dispositivos com essa tecnologia, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
A entidade alega que não serão instalados novos radares com essa tecnologia em cumprimento ao decreto do Prefeito Ricardo Nunes, que suspendeu a instalação de novos equipamentos na capital paulista.
Nas rodovias paulistas, há radares Doppler em seis delas: Washington Luís (SP-310), Luiz de Queiroz (SP-304), Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), César Augusto Sgavioli (SP-261), Irineu Penteado (SP-191) e Assis Chateaubriand (SP-425).