Ingra Soares, esposa de Zé Vaqueiro, compartilhou um desabafo sobre os desafios diários de cuidar da saúde do filho, Arthur, de dez meses, que nasceu com síndrome de Patau, uma condição genética caracterizada por um cromossomo extra. “Desde quando você descobre o diagnóstico, você precisa ter muita sabedoria”, afirmou a influenciadora.
Através dos Stories no Instagram, Ingra enviou uma mensagem de apoio às mães que enfrentam a mesma situação.
“Muitas mães que passaram por essa situação de uma gestação de um bebezinho com uma síndrome chegaram lá sem saber que não resistiram, que foi muito difícil, que não tinham respostas sobre o porquê de isso ter acontecido. Mães que estavam na primeira gestação e queriam comparar um diagnóstico com o outro”, iniciou ela.
“Os médicos que a gente tenta procurar para obter uma resposta sobre a situação dizem sempre as mesmas coisas, né? É uma gestação muito difícil. Desde quando você descobre o diagnóstico, você precisa ter muita sabedoria, mas até então, no começo, acredito que a gente não consegue ter, porque é uma informação muito impactante.”
“Ela causa um grande impacto na nossa vida, na nossa cabeça, e você passa a tentar entender o que realmente vai acontecer. Você procura todos os métodos para tentar compreender, mas não consegue, porque é algo novo”, continuou Ingra.
Na sequência, a influenciadora ressaltou que sempre teve uma fé inabalável em Deus, mas, após o nascimento de Arthur, começou a questionar por que seu filho nasceu com uma condição rara.
“Você começa uma luta muito grande com você e com Deus, é algo espiritual muito grande e muito forte. Deus sempre esteve presente na minha vida, eu acredito que não existe nenhum dia em que Deus não esteve presente. Foram muitos questionamentos, e um deles era: ‘Por que, senhor? Por que isso aconteceu comigo?’. Foram meses com esse questionamento”.
Me recordo que, logo quando fui visitar o meu filho, não pude ficar com ele quando ele nasceu, né? Ele foi direto para a UTI. Então, me recordo de quando fui visitá-lo pela primeira vez. Saí de casa e fui até a UTI, onde peguei o meu filho nos braços. Foi uma situação muito difícil para mim; eu estava operada há apenas três dias, depois de uma cesárea, emocionalmente abalada.
“Quando uma técnica chegou, eu estava com meu filho nos braços, chorando junto com meu esposo, tentando entender o que estava acontecendo. Ela foi muito grossa e teve uma atitude totalmente sem empatia. Eu estava chorando, com a minha barriga operada, segurando meu filho. E ela chegou dizendo: ‘Não chora, você não pode chorar, você tem que sorrir’.”
“Eu fiquei assustada, meu corpo tremia. Eu queria estar em outro lugar, porque a dor que eu estava sentindo naquele momento já era grande. Eu não entendi por que fui tratada daquela forma. Falo como uma mãe, uma mãe normal, como qualquer outra”, finalizou Ingra.